Alegando ser vítima de de discriminação racial, a veterinária Ana Luiza Ferraz, 32 anos, procurou a Polícia Civil de São Paulo para registrar queixa. De pele Branca e loira, a mulher denunciou uma de suas empregadas.
Segundo o boletim registrado, as supostas ofensas aconteceram em abril deste ano, quando a funcionária teria um empréstimo negado pela a patroa. Por engano, a mulher de 55 anos, também da pele branca, enviou uma mensagem de áudio ao marido da veterinária, na qual se referia a ela como “encardida do sul” e “cachorra do sul”, já que Ana é natural do Paraná.
A queixa foi feita pela advogada da veterinária, Roselle Soglio, que se baseia no parágrafo 3º do artigo 140 do Código Penal que qualifica uma declaração como injúria racial se “consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.
Um inquérito foi aberto e a veterinária já foi ouvida. A ex-funcionária ainda não prestou depoimento. A pena prevista é reclusão de um a três anos, mais multa.