Por meio de um convênio com a Rússia, o governo do Paraná anunciou que irá produzir doses da vacina Sputnik V. O anúncio foi realizado horas após a divulgação da vacina pelo presidente russo, Vladimir Putin. Ele definiu o imunizante como o primeiro registrado no mundo. No entanto, mesmo que tudo ocorra de acordo com o previsto, a distribuição não deve ocorrer antes do segundo semestre de 2021.
A estimativa é que o acordo seja assinado, nesta quarta-feira (12), pelo governador Ratinho Júnior (PSD) e o embaixador da Rússia.
Depois de firmado o acordo, o governo anunciou que o passo seguinte seria o compartilhamento do protocolo russo com a Anvisa. A agência reguladora deverá liberar a realização dos procedimentos necessários para os testes, para que a pesquisa tenha prosseguimento.
A pesquisa e a distribuição das doses da vacina russa serão coordenadas pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).
O presidente do Tecpar, Jorge Callado, frisa a importância da fase de compartilhamento de informações:
“Antes da liberação, não há possibilidade de colocar nada em prática. Reitero que a prudência e a segurança são palavras-chave nesse processo.”
Vacina Russa
Nesta terça-feira (11), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que que a Rússia é o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra o novo coronavírus.
A nova vacina vem sendo alvo de questionamento por parte da comunidade especializada, já que a pesquisa não foi divulgada por meio de publicações científicas.
Além disso, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 31 de julho a vacina russa ainda estava na fase 1 do processo. Para desenvolver uma imunização, são necessárias 3 etapas.
No entanto, a organização internacional salientou que a Rússia “não precisa de sua aprovação” para registrar a vacina. Ainda assim, a OMS buscará ter acesso aos dados da pesquisa para avaliar a eficácia e segurança do imunizante. O governo russo anunciou que pretende divulgar o resultado das pesquisas em breve.
A execução da fase 3 de testes contará com 2 mil voluntários do Brasil, da Rússia, dos Emirados Árabes, da Arábia Saudita e do México.