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Brasil

Filha de João de Deus acusa o pai de estupro

Arquivo Geral

10/12/2018 22h48

Divulgação

João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, tem uma nova acusação sob suas costas. Uma filha do médium move contra ele uma ação de reparação por danos morais, no valor de R$ 50 milhões, sofridos em razão de estupro continuado. As informações foram publicadas com exclusividade pelo portal O Antagonista.

De acordo com a reportagem, o processo corre em segredo de justiça. No processo, a filha classifica o pai como um homem bruto, cruel, violento.

Segundo o MP de Goiás  a vítima teria sido violentada quando ainda era menor de idade.

O advogado Alberto Toron, que defende João de Deus, alegou que não comentaria o caso em virtude de seu sigilo.

Denúncia

O religioso, João de Deus, que atende há décadas em Abadiânia (GO), a 115 quilômetros de Brasília, é alvo de uma série de relatos de abuso sexual. Nesta segunda-feira (10), foi instituída uma força-tarefa pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) para receber novas denuncias contra o médium João de Deus. com quatro promotores para investigar as denúncias.

Leia também: “A máscara caiu”: vítima relata abuso de João de Deus há 19 anos

“Sabemos que há vítimas de outros estados e de fora do país. Não será necessário que elas venham até Goiás. Elas podem prestar depoimento no Ministério Público local. Já há uma coordenação nacional e sabemos que depoimentos foram agendados em outras localidades, como São Paulo e Minas Gerais”, disse Luciano Miranda Meireles, coordenador da Centro de Apoio Operacional Criminal do MPGO, em entrevista coletiva na capital goiana.

O que precisa, agora, é que as vítimas se apresentem e façam os relatos. Para auxiliar, foi criado o e-mail institucional [email protected]. “Eu sei que há medo, há temor em casos que envolvem crimes dessa natureza, mas o MP vai dar proteção se for o caso”, continua.

Patrícia Otoni, coordenadora de Direitos Humanos ressalta que “muitas vezes as vítimas que sofrem esse tipo de violência demoram um tempo até entenderem o que aconteceu e até denunciarem”. A expectativa é que a divulgação encoraje novas denuncias. Não há concretização do número de vítimas. Isso deve ser contabilizado após colhidos depoimentos.

Tudo o que surgir a partir de agora será investigado pela força-tarefa que está associada com regionais de todo o Brasil. “A maioria dos crimes são sexuais, mas há notícias de crimes de outra natureza, que serão anunciadas quando tiver algo concreto. A prescrição dos crimes é período longo. Dificilmente estaremos diante de crimes prescritos”, esclareceu Meireles.

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