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Brasil

Durante confronto com PMs, morre coordenador do MTST em MG

“Responsável pela infraestrutura da ocupação, Daniquel foi alvejado depois de subir em um poste de uma das casas”, afirmou o MTST

Redação Jornal de Brasília

06/03/2020 10h50

Foto: MTST/Divulgação

Na madrugada de quinta-feira (5) o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) de Minas Gerais, Daniquel Oliveira dos Santos, 41 anos, morreu durante confronto com policiais. De acordo com o movimento, ele era o líder da ocupação Fidel Castro, instalada há três anos. 

“Responsável pela infraestrutura da ocupação, Daniquel foi alvejado depois de subir em um poste de uma das casas”, afirmou o MTST. “Hoje o MTST está de luto. Na madrugada do dia 5/3 a PM de Minas Gerais executou covardemente, com um tiro na nuca, o companheiro Daniquel Oliveira dos Santos”.

Por meio de nota, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) informou que os policiais da 9ª Companhia Independente de Policiamento Especializado realizavam uma incursão policial e avistaram três indivíduos em um matagal na avenida Rui de Castro Santos. 

“No momento em que se aproximavam dos indivíduos, perceberam que um deles portava uma arma de fogo, tipo revólver e, ao tentarem abordá-los, eles desobedeceram as ordens dos militares e fugiram pelo matagal, um deles com a arma em punho e apontando-a em direção aos militares”, afirmou a nota Por esta razão, os PMs efetuaram cinco disparos e , ao realizarem busca na região, eles encontraram E.C.S, de 36 anos, que estava escondido e deitado. Ele foi preso e conduzido à delegacia.

Já Daniquel estava, segundo a PM, com um sangramento na cabeça, e com a posse de um revólver calibre 38, com três cartuchos intactos e um picotado. Ele teria sido socorrido e levado para o Pronto Socorro do Hospital da Universidade Federal de Uberlândia, mas não resistiu ao ferimento.

“A 9ª RPM esclarece ainda que sobre a ocorrência policial, que já foram adotadas todas as medidas de Polícia Judiciária Militar, respeitando o devido processo legal, com o encaminhamento oportuno para a análise do Ministério Público e Poder Judiciário”, concluiu.

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