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Brasil

Covid-19 mata mais grávidas no Brasil

Dados alarmantes foram noticiados inicialmente no blog sobre maternidade da jornalista Rita Lisauskas na última terça-feira

Redação Jornal de Brasília

15/07/2020 7h42

A grande maioria das grávidas mortas por covid-19 em todo o mundo é brasileira. De acordo com estudo publicado na International Journal of Gynecology and Obstetrics, das 160 mortes registradas entre o início da epidemia e 18 de junho nada menos que 124 ocorreram no Brasil. O segundo colocado neste macabro ranking são os Estados Unidos, com 16 óbitos.

Os dados alarmantes foram noticiados inicialmente no blog sobre maternidade da jornalista Rita Lisauskas na última terça-feira. O estudo, publicado no último dia 10, é assinado também por especialistas da Unesp, UFSCAR, IMIP e UFSC. Chamado de “A tragédia da Covid-19 no Brasil”, o trabalho foi feito com base em dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

Das 978 grávidas ou mulheres no pós-parto diagnosticadas com covid-19 entre os dias 26 de fevereiro e 18 de junho no País, 124 morreram – um número 3,4 vezes superior ao total de mortes maternas relacionadas ao novo coronavírus em todo o mundo no mesmo período.

Os números indicam também que a taxa de letalidade da doença entre as grávidas no Brasil é de 12,7%, ou seja, a mais alta do mundo. Para se ter ideia, nos Estados Unidos, no mesmo período, 8 mil gestantes foram diagnosticadas com o novo coronavírus. Deste total, 16 morreram, uma grande diferença.

“Quando os primeiros casos surgiram no Brasil, começamos a pensar se nossa população seria diferente, mais suscetível”, explicou Melania. “O que constatamos foi que houve algumas mortes com fatores de risco associados, como problemas cardiovasculares e obesidade, mas houve mortes entre grávidas completamente saudáveis.”

Para o presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Agnaldo Lopes, o número de mortes de grávidas no Brasil por covid-19 é muito significativo. “Há várias lacunas de conhecimento ainda sobre a covid-19 e uma delas é a relação entre a doença e a gravidez”, disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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