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Brasil supera 50.000 mortes por COVID-19 e Europa avança na flexibilização do confinamento

América Latina e Caribe, são novo epicentro da pandemia no mundo, onde o número de dois milhões de casos foi ultrapassado no sábado

Redação Jornal de Brasília

22/06/2020 5h39

Foto: Agência Brasilcoronavirus

O Brasil superou neste domingo a marca das 50.000 mortes por COVID-19, enquanto a Europa, o continente mais atingido pela pandemia, avança na flexibilização das medidas de confinamento com a reabertura parcial das fronteiras espanholas e o retorno das aulas presenciais na França.

O continente europeu parece ter deixado para trás o pior da proliferação do novo coronavírus, mas a doença continua a se espalhar fortemente no resto do mundo.

Especialmente na América Latina e no Caribe, o novo epicentro, onde o número de dois milhões de casos foi ultrapassado no sábado.

Com 1.083.34 diagnósticos positivos e 50.659 mortes, o Brasil é o segundo país mais afetado pelo vírus, atrás dos Estados Unidos, que tem 119.959 falecidos e mais de 2.278.373 milhões de casos.

As curvas de infectados e falecimentos tem mostrado sinais de achatamento nas capitais nos últimos dias, e vários estados começaram a flexibilizar as medidas de isolamento social, incluindo São Paulo e Rio.

Mas as previsões são difíceis em um país de dimensão continental, com 210 milhões de habitantes, e que está entrando no inverno.

O Peru, o segundo país latino-americano com mais casos (254.936), superou as 8.000 mortes por COVID-19, na véspera da reabertura dos shopping centers, nesta segunda-feira, após 99 dias de confinamento.

Com a retomada gradual das atividades, as autoridades estão tentando frear o colapso da economia peruana, que retraiu 13,1% nos primeiros quatro meses de 2020.

Mas o medo do coronavírus levou a entidade que administra Machu Picchu, a cidadela inca que é um dos principais destinos turísticos do país, a descartar sua reabertura em julho.

Na vizinha Bolívia, a epidemia mudou a face das cerimônias de recepção indígenas do Ano Novo Andino, promovidas pelo ex-presidente Evo Morales, que este ano reuniu menos pessoas.

E na Argentina, cuja capital possui mais de três confinamentos sociais obrigatórios, foi atingido o número de 1.000 mortes por COVID-19, com 41.191 infecções registradas.

– Reabertura de fronteiras na Espanha –

Na Europa, depois de ter conseguido conter contágios, o objetivo também é recuperar as economias o mais rápido possível, severamente punidas pelas medidas de quarentena decretadas pela pandemia.

A Espanha, um dos países mais afetados com 28.322 mortos, suspendeu na meia-noite de sábado o alerta decretado em 14 de março e abriu a fronteira terrestre com a França – a de Portugal abrirá em 1º de julho -, assim como os portos e aeroportos aos passageiros procedentes da União Europeia (UE).

Os viajantes que chegam à Espanha não precisam respeitar uma quarentena, mas devem observar algumas medidas de prevenção como passar pelo controle de temperatura nos aeroportos e usar máscara. No dia 1 de julho a Espanha abrirá suas fronteiras a todas as nacionalidades.

Os espanhóis também podem viajar a partir deste domingo de maneira livre dentro do país.

“Comprei a primeira passagem, no primeiro horário, para chegar o mais rápido possível”, disse à AFP Laura García, fisioterapeuta de 23 anos, antes de entrar no trem em Madri que a levaria até Barcelona, onde encontrará o namorado que não vê há três meses.

Na França, a população entrará em um novo estágio de flexibilização do confinamento nesta segunda-feira, com a reabertura de vários estabelecimentos de lazer, o retorno do esporte coletivo e o retorno geral das crianças à escola.

Mas na Europa não faltam problemas. Na Holanda, a polícia prendeu dezenas de pessoas depois de dispersar centenas de manifestantes com jatos d’água que protestavam contra as medidas de distanciamento social para impedir a propagação do coronavírus.

Já na cidade alemã de Goettingen, vários policiais ficaram feridos em confrontos com moradores de um prédio com 700 habitantes, parte dos quais estavam tentando violar a quarentena em que foram colocados após o surgimento de um surto de coronavírus no local.

Enquanto isso, Ásia, Oriente Médio, África e Oceania estão se aproximando de um milhão de casos.

Mas depois de quase dois meses sem infecções na China, um foco em Pequim, com mais de 220 novos casos, sendo 22 neste domingo, preocupa as autoridades. A capital do país organizou testes com mais de 2,3 milhões de pessoas.

O país decidiu inspecionar os alimentos importados.

O Irá, que entrou no quinto mês de luta contra o vírus, anunciou neste domingo que registrou mais 116 mortes e mais de 2.300 infectados em 24 horas. O balanço do país é de 9.623 vítimas fatais e mais de 204.000 casos.

© Agence France-Presse

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