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Brasil

36,9 milhões com conta na Caixa já sacaram recurso do FGTS

O saque de até R$ 500 por conta ativa ou inativa do FGTS tem sido feito de forma escalonada, dependendo da data de aniversário de trabalhador

Aline Rocha

16/10/2019 13h01

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, destacou nesta quarta-feira, 16, que 36,9 milhões de trabalhadores com conta no banco já sacaram recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e disse que a instituição está preparada para iniciar os pagamentos para os não correntistas do banco nessa semana.

“A Caixa tem uma eficiência grande em tecnologia, que permitiu que os saques fossem realizados até aqui pelos clientes do banco sem sobressaltos. Agora temos o desafio maior de garantir a operação para os trabalhadores que não têm conta na Caixa”, afirmou Guimarães.

O saque de até R$ 500 por conta ativa ou inativa do FGTS tem sido feito de forma escalonada, dependendo da data de aniversário de trabalhador.

Os correntistas da Caixa já podem sacar os recursos desde 13 de setembro – a estimativa do banco é de que R$ 15 bilhões já foram liberados nessa primeira fase.

A partir dessa sexta feira, 18, serão liberados os pagamentos para os aniversariantes de janeiro que não possuem conta na Caixa.

No total, 4,1 milhões de trabalhadores nascidos no primeiro mês do ano poderão sacar até R$ 1,8 bilhão, e diversas agência do banco abrirão até mesmo no sábado, 19, para facilitar os saques.

Uma semana depois, em 25 de outubro, recebem os não-correntistas da Caixa que nasceram em fevereiro, e assim por diante: março (8/11), abril (22/11), maio (6/12), junho (18/12), julho (10/01), agosto (17/1), setembro (24/1), outubro (7/2), novembro (14/1) e dezembro (6/3).

Os valores devem ser sacados até 31 de março de 2020. Quem não quiser retirar os valores deve comunicar a Caixa até 20 de abril de 2020.

Caixa diz estudar potenciais reduções na taxa de gestão do FGTS

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, reafirmou nesta quarta-feira, 16, que o banco está aberto para a discussão sobre a redução da taxa de administração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A instituição tem o monopólio na gestão do fundo, e cobra uma taxa de 1% sobre o valor total dos ativos.

“A Caixa está estudando potenciais reduções na taxa de gestão do FGTS. Há tranquilidade para reduzir taxa de gestão do FGTS, mas isso depende do aval do meu chefe, que é o ministro da Economia, Paulo Guedes”, afirmou o presidente da instituição.

Guimarães evitou comentar a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que disse nesta semana que a Caixa “rouba” R$ 7 bilhões por ano dos trabalhadores com a cobrança dessa taxa. “Teremos um gasto de R$ 1 bilhão com a operacionalização dos saques do FGTS”, argumentou.

O presidente da Caixa também preferiu não opinar sobre a possibilidade dos trabalhadores usarem os recursos do fundo para investirem em fundos ou no mercado de capitais. Conforme mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o relator da medida provisória (MP) que permite o saque do FGTS, Hugo Motta (Republicanos-PB), vai ampliar a forma de aplicação do fundo. “A regulamentação do uso do FGTS para aplicar em fundos em ações cabe ao conselho curador. A Caixa não vai se envolver nessa discussão”, limitou-se a responder.

 

Estadão Conteúdo

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