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Você é o que acredita

Quem não tem uma crença limitante, que atire a primeira pedra. Todos temos, isso é verdade. Mas quem torna essas crenças uma realidade?

Luana Tachiki

05/12/2023 14h12

Atualizada 06/12/2023 11h04

Cauã Reymond

Foto: Divulgação

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Sabe aquela amiga que se recusa a tirar a carteira de motorista porque ouviu a infância inteira o pai falar que sua mãe dirigia mal e que colocava a vida de todos em risco? Ou o amigo que é extremamente inteligente, mas não acredita nisso porque ouviu da mãe que ele era o mais ‘burro’ da família, quando era pequeno? Ou ainda aquele conhecido que não vê chance alguma de mudar de vida porque veio de uma origem humilde?

Tudo isso é muito forte, mas, infelizmente, é a realidade de muitos. Ouvir palavras densas de julgamento ditas por pessoas que nos são referências pode, sim, definir destinos quando acatamos essas palavras como verdade. Aquilo que ouvimos na infância entra na alma, com grandes chances de se transformar numa crença limitante, principalmente quando esses ditos vêm dos pais.

Em algumas situações, as crenças limitantes acontecem também por aspectos sociais e não hereditários. É quando uma criança sofre abalos e vexames na escola ou em grupos de amigos. Um exemplo é quando os colegas de um garoto — até mesmo professores, parentes e chefes — o chamam de ‘feio’, ‘gordo’ e/ou ‘burro’ na frente de outras pessoas.

Mas a decisão sempre estará nas mãos de quem recebe essas críticas. Como reagimos, o que fazemos e o que pensamos vai determinar o nosso destino.

O ator Cauã Reymond, 43 anos, disse, no ano passado, em entrevista à rádio CBN, que “queria ter essa autoestima” ao comentar uma notícia que dizia que somente 3% dos homens se acham feios. O global declarou ainda a importância de tratar da saúde mental para mudar seu próprio quadro. “O meu pai é psicólogo, e a minha mãe era astróloga. Eu venho de uma família muito quebrada, então, ainda quando eu era muito novinho, com uns 14 anos, comecei a fazer terapia. Meu pai não sabia como desenrolar esses nós, então ele me colocou nesse processo”, explicou.

Cauã Reymond. Foto: Reprodução/TV

Uma das atrizes mais consagradas de Hollywood, vencedora de três estatuetas, Meryl Streep disse, em 2014, enquanto recebia diploma honorário de doutorado pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, que acreditava que estudar dramaturgia não daria em nada. “Eu me achava feia demais para ser atriz”, declarou à época. Além de não ver beleza em si mesma, Meryl se incomodava com seus óculos. “Eu estava sempre em peças de teatro, mas achava que tudo era em vão”.

A famosa deu incríveis conselhos ao público presente na ocasião. “Para as mulheres jovens, eu diria: não se preocupe muito com seu peso. Meninas gastam tempo demais pensando sobre isso, e há coisas mais importantes. Para homens jovens, e mulheres também, o que faz você diferente é sua força. Eu costumava odiar meu nariz. Agora não mais. Está tudo bem. Quando eu tinha 40 anos, me ofereceram três bruxas em apenas um verão. Pensei: ‘Ok, é isso’. A única razão para eu ter uma carreira aos 64 anos [hoje, a atriz tem 74 anos] é que eu tive sucesso mais tarde na minha carreira. Descobri que o público não tem essa paranoia com idade. Eles estavam felizes e dispostos”. finalizou.

Meryl Streep. Foto: Reprodução/Instagram

Considerada símbolo sexual nos anos 1980, a atriz norte-americana Brooke Shields, de “A Lagoa Azul”, também sofria com problemas de autoestima. Em 2009, Brooke admitiu para a revista More! que não gostava de várias partes do seu corpo no início da carreira. “Eu não me olhava no espelho. E se eu não gostasse do que veria?! E se eu não parecesse com o que eu era nas revistas?!”, contou. Ela afirmou ainda que a gravidez e a experiência de vida a ajudaram muito na autoconfiança, e que, depois, conseguiu sentir orgulho de sua longevidade. “De repente eu me dei conta do quanto o meu corpo foi bom para mim no passar dos anos e estou tentando encontrar a beleza no todo”, disse.

Foto: Reprodução

Oito crenças limitantes que te impedem de ser um sucesso:

  • “Não tenho tempo para nada”;
  • “Não tenho dinheiro para nada”;
  • “Não sou bom o suficiente”;
  • “Não consigo aprender isto”;
  • “Não mereço sucesso ou coisas boas”;
  • “Não sei resolver nada”;
  • “Não consigo mudar”;
  • “Não sei fazer”.

O que fazer para mudar?

  • Identifique qual a crença que te limita;
  • Confronte sua crença com o oposto. Por exemplo: em vez de “Eu não sei fazer”, diga: “Eu vou aprender!”;
  • Otimize tudo que for fazer;
  • Mude sua mentalidade limitante para uma empoderadora. Exemplo: troque “Eu sou péssimo nisso” por “Não é meu ponto forte, mas eu posso fazer”;
  • Jamais ponha barreiras na sua capacidade, merecimento ou dignidade;
  • Escolha frases de efeito para dizer todos os dias. Exemplo: “Sou boa em tudo o que eu faço”;
  • Mude o seu olhar e veja tudo de bom que você já construiu.

A verdade é uma só: você pode ser e fazer tudo o que quiser e desejar, basta acreditar.

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