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Que tipo de profissional é você? Dos que persuadem ou daqueles que manipulam?

Ninguém quer ser persuadido, mas o fato é que a persuasão é algo bom. Saiba a diferença entre persuadir e manipular e veja técnicas de usar a persuasão para o bem

Luana Tachiki

26/09/2023 11h41

Imagem ilustrativa

A arte da persuasão se resume em convencer alguém, saudavelmente, de que você tem razão. Além disso, quem persuade consegue transformar a linha de pensamento de uma pessoa para que ela concorde e consuma ou compre a ideia/produto de quem o persuadiu.

Ninguém quer ser persuadido, porque, na verdade, não gostamos de mudar de opinião sob a influência de outrem. Sequer gostamos de pensar na ideia de ter que ceder por indução de outra pessoa. Mas o fato é que a persuasão é algo bom. E para desmistificar a confusão que algumas pessoas fazem com o termo, é importante explicar que ela acontece na esfera do convencimento saudável: você só é convencido por alguém porque concordou baseado em evidências; e quem o convenceu fez isso de maneira diplomática. Além disso, a persuasão é um jogo de dois ganhadores. Não há perdedor, e sim duas pessoas que serão contempladas pelo acordo de pensarem igual.

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Por outro lado, existe o convencimento manipulativo, onde apenas uma pessoa se dá bem. Neste caso, quem convence usa de opressão, chantagem emocional, abuso de poder e apropriação da autoridade para prejudicar rivais, ‘tirá-los de campo’. A manipulação tem um plano maquiavélico por trás do convencimento, e, geralmente, quem manipula obtém vantagem e poder.

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Portanto, há dois cenários, o da persuasão e o da manipulação. Em toda profissão, existem os dois tipos de colaboradores, não importa se sejam mestres, doutores, diplomatas, pessoas públicas, políticos, servidores, chefes, líderes… sempre haverá, ainda, quem se incline à manipulação ou à persuasão.

Todos sabem que obter influência sobre pessoas é algo poderoso, sinônimo de soberania. Quem não quer influenciar, não é mesmo? Mas que tipo de influenciador você é ou vem se tornando?

Existem técnicas incríveis de persuasão disponíveis. Aqui vão algumas dicas para te ajudar a aplicar algumas delas na vida profissional, pessoal e social, sempre com foco na ética e no bom senso. Anote:

Persistência

A arte do convencimento pode galgar o caminho da resiliência. É como o velho dito popular: ‘bata, bata, bata até abrir!’ Se insistirmos, há grandes chances de chegarmos ao ‘sim’.

Como dizia Albert Einstein: “Eu tentei 99 vezes e falhei, mas na centésima tentativa eu consegui. Nunca desista de seus objetivos, mesmo que pareçam impossíveis. A próxima tentativa pode ser a vitoriosa.”

Urgência

Quem nunca foi movido por uma propaganda do tipo “Últimas unidades!!!”; “Corra e aproveite, o estoque está acabando!”; “É só até amanhã!”? Esses recursos nos fazem correr para consumir o que já queríamos há algum tempo. Ninguém vai correr para comprar algo que não queira.

Autoridade

Essa técnica é indicada nos casos de gerar valor para si ou outrem. Quando você quer gerar valor, trazer informações curriculares, especializações, tempo de experiência e afins, a persuasão por autoridade é fundamental para gerar credibilidade. Além disso, ser congruente é outro fato que gera autoridade. Quem vai querer consultar com um dentista que possui os dentes amarelados? Quem vai confiar em um fiscal de qualidade alimentícia que não lava as mãos ao sair do banheiro ou antes das refeições? Como acreditar num jornalista que costuma contar mentiras? Não se trata de discriminação, mas de descuido por parte do profissional que não zela sua imagem pessoal e nem faz uso da ética profissional para agregar valor à sua função.

Emoção

Essa é uma das formas mais eficazes de persuasão. Quando você conhece bem seu público-alvo, dificilmente errará na abordagem, pois saberá exatamente o ponto fraco para ‘atacar’ alguém nas esferas das emoções e conseguir o que tem em mente. Além disso, pode livrar você de tentar convencer uma ativista contra matadouros de animais silvestres a comprar um casaco feito com pele de angorá, por exemplo.

O que eles querem ouvir

Saber exatamente o que o outro gostaria de escutar é desafiador, mas quanto mais proximidade, mais intimidade se tem para, assim, agradar o ouvido alheio. Por exemplo: você quer levar sua esposa a uma orquestra sinfônica, mas sabe que ela detesta. Você, então, promete a ela que a levará no melhor restaurante de comida japonesa da cidade, pois sabe que sushi é o prato favorito dela. Desta forma, você está barganhando para conseguir que ela vá com você ao concerto. Como dito anteriormente, persuasão é um jogo na qual as duas partes sairão ganhando.

Linguagem corporal

Ter uma abordagem empoderada e uma linguagem segura e confiante é fundamental. Afinal, quem irá comprar a sua ideia se você for vacilante na hora de propor algo? Aposte em conexão visual, voz firme, sorriso e, em alguns momentos, espelhamento em gestos e palavras.

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