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O fim da era da comunicação complicada

Entenda por que a clareza é o novo padrão para se conectar de forma eficaz

Luana Tachiki

17/12/2024 15h56

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Banco de Imagens

Quantas vezes você já foi a uma palestra e saiu sem entender nada, sentindo-se frustrado porque o palestrante usou uma linguagem cheia de termos técnicos, jargões específicos e palavras rebuscadas? Essa sensação é mais comum do que parece. Você se sentiu confuso, talvez até questionando sua própria capacidade de entendimento. Mas a verdade é que, se isso aconteceu, a culpa não é sua, mas do palestrante, que falhou na missão essencial de se comunicar. Afinal, comunicação é fazer-se entender.

Infelizmente, ainda há quem acredite que impressionar o público com vocabulário complicado é sinônimo de sucesso. Porém, a comunicação eficaz depende da clareza, não da complexidade. Não há problema em usar termos técnicos ou palavras sofisticadas, desde que o orador se certifique de que todos compreendem o que está sendo dito. Se ele não faz isso, o objetivo principal da palestra – passar conhecimento – é perdido.

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Um exemplo comum: imagine um palestrante dizendo “Vocês precisam mudar o ‘mindset’”. Não há problema em usar esse termo, desde que ele explique o que significa. Se a plateia é formada por psicólogos, provavelmente todos entenderão. Mas se for um público diversificado, de várias idades e profissões, a palavra “mindset” precisa ser explicada. A meta de qualquer palestra é que todos saiam com mais conhecimento, e isso só acontece se o orador adaptar sua linguagem à audiência.

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Dicas para uma comunicação mais clara:

1. Certifique-se de que sua mensagem foi entendida
Confirme que o público captou a mensagem corretamente, sem distorções;
2. Explique termos complexos
Sempre que usar palavras técnicas, estrangeirismos ou jargões, verifique se todos entenderam. Uma rápida pergunta ao público pode ajudar;
3. Abra espaço para dúvidas
Momentos para perguntas são essenciais para validar a compreensão;
4. Leia as expressões não verbais
Muitas vezes, o público demonstra confusão através de micro expressões. Esteja atento a isso.5. Repetição é importante: Não hesite em reforçar pontos importantes, garantindo que todos estão acompanhando.

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Em resumo, se você já assistiu a palestras em que o orador pareceu mais preocupado em parecer erudito do que em ser compreendido, saiba que o erro está na comunicação falha dele. Isso vale para qualquer situação: se um advogado, por exemplo, usa expressões jurídicas complexas sem traduzi-las para o cliente leigo, ele está errando. A clareza é a chave para qualquer troca de conhecimento, e a responsabilidade de garantir essa clareza é de quem transmite a informação.

Esse estilo antiquado de comunicação, cheio de formalismos e termos desnecessários, está caindo em desuso. Até o STF promoveu uma política de transparência com a Lei de Acesso à Informação, buscando uma comunicação mais clara e acessível. Portanto, da próxima vez que você se sentir perdido em meio a uma palestra confusa, lembre-se: a culpa não é sua. O verdadeiro erro está na falta de clareza de quem tentou, mas não conseguiu, se comunicar.

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