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Quinto Ato
Quinto Ato

Ainda há juízes em Brasília

Todos nós sabemos que o Brasil é um país extremamente injusto, uma nação onde a fome ainda prevalece, e os mais pobres, que representam mais de um terço de sua população, padecem de insegurança alimentar. Se formos falar de acesso à justiça, é melhor calar

Theófilo Silva

02/02/2023 5h00

Atualizada 01/02/2023 17h24

Foto: Henrique Kotnick/Jornal de Brasília

A famosa sentença “Ainda há juízes em Berlim”, dita por um moleiro, dono de um moinho de vento que foi ameaçado de perder seu espaço pelo então Rei da Prússia, Frederico, o Grande, tornou-se um exemplo quando se quer enaltecer a importância do Poder Judiciário para a defesa dos cidadãos. Daí eu resolvi denominar esse artigo de: ‘Ainda há juízes em Brasília’. E quero me referir diretamente a Alexandre de Moraes. Trata-se do ministro do Supremo Tribunal Federal e, no momento, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que barrou a tentativa de golpe realizada por terroristas e fascistas.

Todos nós sabemos que o Brasil é um país extremamente injusto, uma nação onde a fome ainda prevalece, e os mais pobres, que representam mais de um terço de sua população, padecem de insegurança alimentar. Se formos falar de acesso à justiça, é melhor calar. Eles não sabem o que é isso. Se não têm sequer o que comer, imaginem serem tratados com equidade, já que sofrem de agressões de toda a ordem, e sem que os culpados por essa condição sejam punidos.

Mas não são somente os famintos que são vítimas dos erros e omissões da justiça brasileira. Quase todo o povo brasileiro é atingido pelas injustiças do nosso Judiciário. Como explicar que o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, um criminoso confesso, condenado a 450 anos de prisão, que roubou centenas de milhões de reais dos cofres públicos, esteja solto, ainda aguardando uma condenação definitiva? Por que não julgá-lo em definitivo? A quantidade de administradores e políticos condenados como Cabral são enormes. Como explicar a soltura do deputado Geddel Vieira Lima, da Bahia, um homem com 52 milhões de reais roubados dentro de uma mala. As fotos mostram tudo, e ele mesmo confessa. No entanto, está solto. A lista de casos semelhantes é gigantesca. Quantos brasileiros não morreram de fome em virtude do dinheiro público desviado por administradores públicos parlamentares, prefeitos, governadores…quantos deles prestaram contas à Justiça? Quantos estão presos? Quase nenhum. Isso é inaceitável. Justiça é condição básica para o desenvolvimento de uma nação.

Se olharmos para trás, veremos que o STF, a instância máxima do Poder Judiciário, tem uma dívida enorme com o povo brasileiro. O Supremo é composto por 11 ministros. A maioria deles nos decepcionam diariamente com sentenças que não fazem justiça. No entanto, nunca nenhum deles, desde o fim da ditadura militar, agiu com o protagonismo de Alexandre de Moraes. Jovem, com apenas 54 anos, mas extremamente experiente, já que passou por cargos nos três poderes da República. Foi promotor de Justiça e Secretário de Segurança pública de São Paulo. Mesmo sendo um jurista, autor de vários livros, professor universitário, Alexandre não age como um acadêmico, como um filósofo do Direito, como muitos dos ministros do STF fazem, com comentários e sentenças cheias de juridiquês ininteligível. Alexandre conhece a mente dos bandidos, já que lidou com eles quando Secretário de Segurança. Alexandre é pragmático, assertivo e rápido em suas ações. Trata-se de um juiz do Supremo que o povo brasileiro necessitava há muito, muito tempo. Alexandre deixou seus colegas para trás. Engoliu todo mundo. Sua competência e rapidez nas ações impediram que o Brasil caísse nas mãos de um bando de golpistas perversos. Suas ações estão permitindo que os financiadores, os terroristas e idiotas que invadiram e depredaram os palácios da República sejam punidos exemplarmente. Todos os dias uma leva deles é presa. Ataques à democracia são inaceitáveis, e não têm nada a ver com liberdade de expressão, como querem aqueles que criticam as ações de Moraes.

Alexandre merece aplausos por sua atuação, por sua coragem em enfrentar bandidos de toda espécie. Sejam meros capangas de empresários a poderosos políticos extremistas. Ainda há juízes no Brasil.

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