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Olhar Strano
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Terrorismo brasileiro é sintoma de uma sociedade radicalizada

A capital federal amanheceu, no sábado (24), em alerta máximo de tensão. Um artefato explosivo foi encontrado em um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. Para entender como chegamos nessa situação, precisamos relembrar o conceito de terrorismo

Danilo Strano

26/12/2022 9h57

Arsenal encontrado com homem que plantou bomba no Aeroporto. Foto: PCDF

Em plena véspera de Natal, a capital federal amanheceu, no sábado (24), em alerta máximo de tensão. Um artefato explosivo teria sido instalado em um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. De fato, foi confirmado o que todos temiam, uma tentativa de um ataque terrorista.

Nós brasileiros estamos acostumados a ver e saber sobre terrorismo somente pela mídia internacional. Em 2001, no caso mais noticiado, o atentado às torres gêmeas nos Estados Unidos, todos se chocaram com a magnitude do ato e suas consequências. Apesar de a violência ser uma constante na vida do cidadão brasileiro, o terrorismo não era uma realidade em nosso país. Para isso ter mudado, uma movimentação social muito forte teve que acontecer.

Para entender como chegamos nessa situação, comecemos entendendo o que é terrorismo: “Emprego sistemático da violência para fins políticos; a prática de atentados e destruições por grupos cujo objetivo é a desorganização da sociedade existente e a tomada do poder.” (conceito retirado do dicionário Oxford Languages)

Ou seja, em uma sociedade democrática como a brasileira, o terrorismo só pode ser usado por quem é contra a democracia e pretende tomar o poder por outras vias que não o voto popular. Nossos políticos obviamente têm responsabilidade. O sistemático ataque ao sistema democrático realizado por algumas lideranças motivam esses grupos a se organizar e construir uma narrativa que justifique em suas cabeças o ataque terrorista.

Se o Brasil pretende extinguir o terrorismo de nossa sociedade, precisa estar pronto não apenas para punir os grupos que executam esses atos, mas também aqueles que plantaram na cabeça dessas pessoas que política se resolve com morte.

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