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Não monogamia é bagunça?

No podcast , Caio Cestari nos convida a explorar esse modelo de relação ao compartilhar suas experiências e vivências num delicioso bate-papo

Lu Miranda

28/06/2024 19h05

Série Eu, Tu e Ela. Crédito: Divulgação

Série Eu, Tu e Ela. Crédito: Divulgação

De uns tempos para cá, falar sobre relacionamentos abertos e não monogâmicos tem se tornado cada vez mais comum, inclusive entre pessoas famosas e influenciadores digitais.  Entretanto, ainda há muita resistência e preconceito sobre o assunto. Por isso, convidei um grande parceiro para uma conversa a fim de explorarmos e questionarmos os pontos relevantes dessa temática.

Caio Cestari, 36 anos, designer, vivencia a não monogamia há mais de uma década. No podcast Muito prazer, Luisa Miranda!, ele compartilha tem sido essa jornada até o momento e também os maiores desafios enfrentados por ele e suas parcerias.

Para ele, a principal motivação para explorar outros modelos de relação foi a inconformação com as regras básicas da monogamia. “Por que tenho de viver algo que não acredito? Não acho que necessariamente precisa ser assim. Para mim, foi sobre questionar os padrões impostos” enfatiza Caio.

Infelizmente para uns, felizmente para outros, ainda vivenciamos um modelo monogâmico heteronormativo católico, que define a base dos nossos modelos afetivos e sexuais, e impõe inúmeras regras “óbvias” sobre o que é namorar, ficar, noivar e casar. Tudo o que foge dessas regras é visto como imoral e promíscuo, dificultando ainda mais o processo de liberdade afetiva e sexual.

É importante ressaltar aqui que a não monogamia também propões questionar o machismo e o patriarcado, permitindo que mulheres vivenciem sua própria sexualidade de forma mais ética e livre. Contudo, a culpa feminina em se permitir explorar a própria sexualidade ainda é enorme, e trabalhar isso é absolutamente necessário.

Muitas conversas, abertura emocional e vulnerabilidades são essenciais nesse processo, ou seja, vivenciar novos padrões exige coragem para questionar aprendizado profundos. Isso inclui alinhar inúmeras regras, além de praticar respeito e comunicação aberta e assertiva.

Portanto, não monogamia não é bagunça; é apenas um modelo diferente daquele que aprendemos normativamente. Mas não se deixe enganar, embora seja algo distinto, ele é tão antigo e complexo quanto qualquer outro modelo relacional. Acredite.

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