- Um dos nomes mais festejados e admirados do Brasil, a modelo e ativista Luiza Brunet (foto) iniciou no último sábado (25), seu primeiro périplo este ano de viagens internacionais para dar voz às mulheres que sofrem violência doméstica. Sempre à convite de governos estrangeiros e ONGs e ainda de nossas embaixadas e consulados no exterior, ela ministrará palestras sobre o tema, além de engajar-se em campanhas que objetivam ensinar as brasileiras, muitas delas sem possuir documentação legal no país, a como procurar ajuda.
- Este ano, Brunet aceitou convites para falar sobre o tema em Roma, Milão, Trieste, Ljubljana, Dublin, Frankfurt e Londres e só volta para o Brasil no dia 14 de abril. De acordo com Luiza, muitas mulheres não fazem denúncia no exterior com medo de serem deportadas sem a guarda dos filhos. “Elas estão abaladas física e psicologicamente devido às ameaças dos agressores. É imprescindível esclarecer que na Europa os documentos saem mais rápido em caso de denúncia. Eu quero ser essa voz que ajuda e explica”, disse à coluna.
- Segundo os últimos dados do Itamaraty, de janeiro de 2019 até novembro de 2020 foram relatados 213 episódios de violência doméstica e tráfico de seres humanos com vítimas brasileiras no exterior. A cada ano, 50 mil mulheres são assassinadas no mundo, vítimas de violência doméstica. Isso representa uma morte a cada dez minutos de acordo com dados da ONU. Foram mais de 18 milhões de mulheres vítimas de violência no último ano. “Quem está se calando diante destes dados está sendo tão conivente quanto os agressores”, frisa Luiz Brunet.
Foto: Arquivo Pessoal
