Levantei essa questão nas mídias sociais esses dias: você presta atenção na etiqueta de preço final ou no valor do kilo na hora de fazer compras? Entenda como isso faz toda diferença quando o assunto é gastar bem o seu suado dinheiro.
Em um dia comum nos supermercados da cidade de Brasília, é possível ver carrinhos de compras estacionados nos corredores, enquanto os clientes ficam parados por minutos a fio analisando os produtos com olhares atentos.
Para quem tem um orçamento familiar sempre abaixo da inflação, então, essa tarefa se torna um hábito absolutamente necessário. O problema é que, raramente, ver o preço final de um produto será o suficiente para saber se a compra vale a pena.
Muitas pessoas escolhem os itens com base apenas no preço estampado nas etiquetas, ignorando o peso, o valor do kilo e, assim, não percebendo até a diferença entre o preço e o valor agregado de um produto.
Por exemplo: um pacote de muçarela industrializada de 100g pode ser anunciado com aquela etiqueta vermelha chamativa por 8,00 (na verdade, colocariam 7,99) e a gente lembra que já viu esse produto por 10,00 e pensa “opa! Tenho que levar, pois é vantagem”.
Só que fazendo uma simples regra de 3 (a única coisa importante que eu absorvi das aulas de matemática), vemos que o preço do quilograma dessa muçarela custa 80,00, o que não é barato, se pensarmos que há queijos artesanais ou, pelo menos, mais saborosos, por esse mesmo valor.
Outro exemplo que utilizei para explicar a importância da questão foi o de uma batata chips muito famosa e popular, que muitos consomem como se fosse um “petisco barato” para si ou até para os filhos. Só que, em alguns supermercados, o saco de 167g da batata, que é o maior, pode chegar a 20,00. Isso quer dizer que o kilo de batata chips – produzida em escala mundial, cheia de conservantes e por uma empresa bilionária – custa quase 120,00 por kilo!
É possível comprar legumes, verduras, linguiça, frango, pão, tudo junto por esse valor. Mais variedade e bem mais qualidade.
Aqui em Brasília, especificamente, 120,00 como preço final do kilo ou do litro, você poderia comprar:
- 5 litros de suco 100% natural, sem conservantes e corantes, em embalagem reciclável com reaproveitamento de resíduos vegetais e produzidos em parceria com produtores locais, no site da Sucupira, e ainda economizar 30,00;
- 1 litro de uma das cervejas belgas mais famosas do mundo, Delirium Tremens, com 8,5% de teor alcoólico e IBU (tipo um índice de amargor) de 26, no Mercadinho Lobão, e ainda economizar 20,00;
- 1 visita guiada na linda fazenda da produtora Caríssima e ainda comer a tábua de queijos Vitória (serve 2 a 3 pessoas), com Queijos Meia cura Tipo Alpino, Brasília e Tipo Candango; Queijo Boursin a l’huile e Queijo Boursin natural; Geleia, Copa, Castanhas e Cestinho de pão; e ainda economizar 25,00;
- 14 croissants da Castália Artesanal, em média, e ainda economizar 6,00;
- 1 menu executivo no DOC Cucina, com um suco e 10% e ainda economizar 19,00.
Deu para ter uma noção, né? É possível comprar produtos infinitamente superiores nutricionalmente e em termos de sabor. E, o mais incrível, produtos feitos por famílias e empresas pequenas e locais.
E a culpa não é sua! A ansiedade por economizar alguns centavos no momento da compra parece obscurecer o nosso raciocínio lógico, mas isso é feito com a ajuda das etiquetas chamativas, o bombardeio de informações e até a posição dos produtos nas prateleiras!
Agora é só lembrar que um frango congelado por apenas 5,99, deve ter seu peso checado para saber se realmente vale a pena, já que 600g de frango por 5,99 saem mais caro do que a embalagem de 1,2kg por 12,99. Dependendo do preço, é possível comprar alimentos e outros produtos de qualidade melhor e ainda ajudar o mercado local.
Lembrando que os exemplos são extremos, mas imagina o que uma batata chips de 120,00 o kilo pode fazer com seu orçamento, comparado com produtos comuns de mercado que são mais nutritivos e baratos?
Serviços
Sucupira: Instagram
Mercadinho Lobão: Instagram
Cabríssima: Instagram
Castália: Instagram
DOC Cucina: Instagram
