Menu
Lulu no Quadrado
Lulu no Quadrado

4 estratégias para comer fora gastando menos

Em uma cidade conhecida por sua cada vez mais badalada cena culinária, encontrar opções deliciosas e acessíveis pode ser um desafio

Lulu Peters

30/06/2023 10h18

Foto: Santé 13 – Lulu Peters

Brasília é uma das capitais mais caras do país, devido ao seu status de sede do Governo Federal, mas com alguns truques legítimos, é possível conhecer restaurantes de ponta sem estourar o orçamento.

Em uma cidade conhecida por sua cada vez mais badalada cena culinária, encontrar opções deliciosas e acessíveis pode ser um desafio. No entanto, com algumas dicas desta especialista aqui e uma leve uma mudança de pensamento, você pode desfrutar das delícias gastronômicas de Brasília sem gastar muito. 

  1. Desbrave a experiência dos Menus Executivos

Esse tesouro já faz parte da cultura gastronômica local e atende tanto quem está no corre, mas quer comer bem mesmo assim, como quem quer conhecer bons restaurantes, mas com dinheiro contado.

O Grupo Santé Santé 13 e Santé Lago – tem duas das casas mais charmosas da cidade, com cardápios conhecidos por transitarem entre o clássico e o inovador, com porções muito fartas e democráticas, que incluem massas, opções vegetarianas, peixes e carnes. 

Apesar de já não serem casas muito inacessíveis, alguns pratos individuais podem passar de R$100,00, o que faz do novo menu executivo pelo valor de R$65, por pessoa, uma excelente oportunidade! 

Foto: Santé 13 – Lulu Peters

Gostei muito do menu por um preço que é menor que muito kilo de self service por aí! De terça a sexta-feira (exceto aos feriados), das 12h às 15h, você escolhe entre Mix de Folhas ou Batata Recheada para entrada – eu adorei a batata, simples, gostosa e com queijo gratinadinho -; Penne com Salmão, Gnocchi com Mignon, Parmegiana ou Picanha Suína como principal. Na mesa, Picanha Suína que estava bem saborosa e equilibrada como um todo (a carne poderia até ser mais gordinha) e o Gnocchi com Mignon bem saboroso, massa bem no ponto, molho branco e tiras de filé bem macias ao molho. Tanto a Banoffee da Tânia Petit quanto o Petit Gâteau de Chocolate fizeram sucesso como sobremesa!

Claro que bebidas e serviço são à parte, mas com um refrigerante e uma água da casa, e os ambientes das duas casas, estamos falando de uma economia muito feliz!

Outra experiência que vale é a do Sagrado Mar – restaurante do louvado e premiado Chef Marco Espinoza, que une o frescor dos frutos do mar com o calor da brasa – tem um Menu Executivo um pouquinho mais caro, de terça a sexta-feira, no horário de almoço (exceto feriados), mas, assim como o Santé, ainda faz várias outras promoções e festivais.

Foto: Sagrado Mar – Divulgação

Num restaurante desse nível, uma entrada, prato principal e sobremesa por R$89,00 por pessoa, tá muito em conta! 

Para as entradas, Carpaccio de Salmão com molho de alho e limão, ou Arancini de Camarão com fonduta, ou Tortilha de batata com ragu de cogumelos; para os pratos principais, peixe do dia na brasa acompanhado de gremolata e purê de batata com gorgonzola, ou raviolli de salmão com molho de queijos e mel cítrico, ou risoto de alho poró com milanesa de queijo minas; e, de sobremesa, Mousse de Doce de Leite com crocante de coco.

Gente, tem muita casa muito boa com menus de dar água na boca, mas sem ressecar o bolso.

Santé

Santé Lago
Setor de clubes Esportivos Sul, Trecho 2 – Orla da Ponte JK
Telefone: (61) 2099-2461
@santelago

Santé 13
CLN 413 Bloco A Loja 40
Telefone: (61) 3037-2132
@sante13

Sagrado Mar

SHIS QI 17, bloco G, sala 201 – Ed. Fashion Park – Lago Sul
(61) 3202-3256 ou (61) 99197-1287 (whatsapp)
@sagradomarrestaurante

  1. Entre na nova era com apps de descontos 

O Yolo, popular serviço local de descontos, tornou-se um recurso fundamental para quem procura ofertas exclusivas em restaurantes de Brasília. 

Apesar de ter alguns concorrentes, o Yolo foi pioneiro e segue guerreiro em Brasília, garantindo maior acesso a casas que eu amo, como Lake’s, Nossa Cozinha Bistrô, Noru Sushi e Brasis Ateliê Gastronômico, dentre inúmeros locais que vão de hamburguerias a restaurantes despretensiosos e restaurantes sofisticados.

É o melhor jeito de conhecer uma casa, ainda mais agora que o desconto foi estendido para visitas ilimitadas (veja regulamento no site da operação), e que a operação começa a expandir para outros estados. 

A assinatura é digital e oferece planos mensal, semestral e anual, de R$65,00 a R$350,00, e está com promoção, atualmente, com valores de R$55,00 a R$315,00, então vale muito! Basta baixar o app para Android ou IOS.

Serviço

YOLO
Site
Instagram

  1. Saia do Plano

Não inventa que vai gastar mais com gasolina do que com a economia ao sair do Plano. Você sabe que está só com preguiça, mas vai até o cafundó quando está em SP para conhecer qualquer bodega. 

Gente, Ceilândia, Taguatinga, Gama e Sobradinho estão pipocando de opções entre restaurantes, bares e hamburguerias cujos preços são, sim, mais “humanos” do que aqueles praticados no Plano.

Verdade seja dita: ainda falta mais investimento para locais mais sofisticados, mas posso listar aqui casas com comida e ambiente muito legais: 

Foto: Dom Manju Ceilândia – Lulu Peters

Em Ceilândia, Dom Manju é incrível, tem pratos excelentes com frutos do mar, brinquedoteca, drinks, tudo mais acessível que no Plano; e a adega Wine Leipzig não tem comida, mas tem uma extensa carta de vinhos e atendimento super elogiado.

Em Taguatinga, Mandaka é meu amor nordestino, Madre Teresa é o melhor hambúrguer, e Bar Brasa, Serra Gaúcha e Confraria do Padim estão na minha lista de visitas.

Foto: Mandaka Taguatinga – Lulu Peters

Vou pouco ao Gama, mas lá, além do Dom Manju original, tem a Risoteria Alesomm, comandada pela sommeliére Alessandra Rodrigues, que promete risotos bem tradicionais, além de adega própria, e estou louca para conhecer.

Em Sobradinho, o Modesto Pretensiosamente é um cantinho tão diferente, com pizzas, massas e entradas incríveis, seleção muito legal de vinhos e um preço muito honesto; o Alfredo’s Pizzaria é a melhor pizza pós balada, mas a loja de Sobradinho ainda tem jazz e várias outras atrações, e estou louca para conhecer o Bistrô Paraense só com comida típica.

Foto: Modesto – Lulu Peters

 Serviços

Dom Manju

Wine Leipzig

Mandaka

Madre Tereza

Confraria do Padim

Serra Gaúcha

Bar Brasa

Risoteria Alesomm

Modesto

Alfredo’s

Bistrô Paraense

  1. Perca a vergonha de “parecer pobre”

O brasileiro tem síndrome de vira-lata e acaba criando hábitos que o prejudicam. 

Para “se mostrar”, muitas vezes, a pessoa acha que só pode ir a um bom restaurante se estiver disposta a esbanjar, a gastar aquilo que não tem, porque, senão, não merece estar ali.

Você é cliente e vai pagar, então, o que te impede de saciar uma vontade ou necessidade na medida certa do seu bolso? Por que não comer uma entrada farta, como um Steak Tartare, como se fosse prato principal? Qual o problema de pedir água da casa se você vai consumir vários alimentos? Qual o problema de informar que o atendimento não valeu 13%, mas que você está disposto a pagar os habituais 10% pelo serviço? 

Esse constrangimento é resultado do medo que temos a respeito do que pensarão de nós: que não somos merecedores, que somos “quebrados”, e isso é uma grande besteira! 

Foto: Pexels

Nosso valor como pessoa não é definido assim e, muito menos, como um cliente pagante. Se o garçom “olhar feio” para seu pedido de água da casa, lembre-se que ele realmente está perdendo comissão, ou seja, é um direito e um problema dele achar ruim.

Mas é direito seu sair para comer, se presentear com um serviço e com uma boa comida, e se dispor a pagar dentro do que o seu bolso permite. Ninguém está proibido de sentar-se à mesa, escolher e comer o único prato que se quer conhecer e que se pode pagar. Isso é maturidade.  

Digo isso porque demorei a aprender essa lição, com uma pessoa muito querida. Às vezes, se ela queria muito ir a um restaurante chique, mas se uma entrada e uma taça de vinho eram o que ela ficava confortável em pagar, era exatamente isso que ela pedia. E tá tudo bem. A experiência gastronômica deve atender a gente, e não à expectativa de status dos outros.

Conclusão: Comer fora gastando pouco em Brasília não significa comprometer o sabor ou a experiência, e muito menos sua dignidade. Ao adotar, não apenas essas dicas, mas uma nova postura, é possível explorar joias culinárias escondidas e participar de experiências gastronômicas incríveis.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado