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Histórias da Bola
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URUBU PÕE MINEIROS NO BALAIO

Arquivo Geral

24/08/2018 10h07

Entre as três maiores goleadas mandadas por times flamenguistas, a segunda com o maior número de gols aconteceu durante a gestão de Gilberto Cardoso:13 x 2 Seleção de São Lourenço-MG.

Era o jogo 1.239 da história rubro-negra e a rapaziada disputava um amistoso, em 15 de abril de 1951, por gramados mineiros. Índio (4), Hermes (3), Adãozinho (3), Esquerdinha (2) e Nestor foram os impiedosos do dia, a mando do treinador Flávio Costa, que escalou: Garcia (Cláudio); Biguá (Juvenal) e Pavão (Almir); Bria, Dequinha (Válter) e Bigode; Nestor (Aloísio), Hermes, Adãozinho, Índio e Esquerdinha.

Embora o time do interior mineiro não representasse nenhuma ameaça para os visitantes, a elástica goleada não poderia ser desprezada, tendo em vista que a rapaziada vinha de 6 x 3 Internacional-RS, amistosamente (07.04), no Maracanã, e, após passar por São Lourenço, mandara 5 x 1 Rio Branco (28.04) e 6 x 0 Goytacaz (29.04), ambos de Campos-RJ e fora de casa, igualmente, amistosos. Logo, não perdoava os “pequenos” desafiantes.

Vale ressaltar que os inícios da temporada-1951 mostrava um Flamengo com muita sede de rede, tendo vencido oito dos 15 compromissos, entre os quais os respeitados 5 x 2 Fluminense, pelo Campeonato Carioca; 5 x 2 Portuguesa de Desportos; 2 x 1 América-RJ e 4 x 2 São Paulo, estes três valendo pelo Torneio Rio-São Paulo – empatou três e caiu em quatro oportunidades.

Com 61 bolas no filó e 35 entradas, o saldo credenciava o time a ter reconhecida as balaiadas pra cima de pequenos desafiantes, o quer a torcida rubro-negra não discutia, pois, para a moçada, o que valia era o que iria ser anotado no “caderninho”, o que ficaria para a posteridade, como as outras grandes pancadas nos adversários: 16 x 2 Mangueira, em 3 de maio de 1912, pelo Estadual e 12 x 2 São Cristóvão, no 27 de outubro de 1956, também do Carioca.

Principal destaque da balaiada sobre o time de São Lourenço, pelos seus quatro tentos, o gaúcho Adão Nunes Dornelles, nascido no 2 de abril de 1925, em Porto Alegre – viveu até 6 de agosto de 1991 – não viveu, no entanto, a festança do tri da turma de Gilberto Cardoso. Chegou ao Flamengo, em 1951 e foi embora em 1953, deixando 49 gols, em 104 partidas, mas sem a glória maior da rapaziada do período.

Adãozinho foi cria, em 1938, de um time amador porto-alegrense de nome incomum, Diário Oficial FC. Em 1943, foi aspirante do Internacional e titular a partir de 1944, fase do “Rolo Compressor Colorado”, uma das maiores formações do clube e quando o multimídia Ary Barroso o chamou por “atacante satânico”.

Deveria ser mesmo, pois disputou trinta “Gre-Nal” (Grêmio x Internacional), o maior clássico gaúcho e um dos maiores do Brasil, vencendo 19 e marcando 16 gols, o que valeu-lhe convocação para a Seleção Brasileira. Entre 1947 e 1950, em três jogos, com uma vitória, um empate e uma derrota, sem marcar gols.

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