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Histórias da Bola
Histórias da Bola

Planeta Mário

Arquivo Geral

19/08/2018 11h56

Certa vez, o “Almirante” naufragou feio e o redator do “Jornal dos Sport” disse na manchete principal que o “Vasco havia sido destruído” (pelo adversário. evidentemente). Ao ver aquilo, o dono do periódico, Mário Filho, chamou o cara no canto e avisou-lhe de que “O Vasco é muito grande para ser destruído”. E mandou rodar uma nova página.

Nascido, em Recife, no dia 17 de setembro de 1908, o jornalista Mário Leite Rodrigues Filho estaria, agora, assoprando 110 velinhas, se ainda vivenciasse o “Planeta Bola”

Ele criou o primeiro jornal esportivo destas plagas – Mundo Esportivo – e a disputa que é o primeiro embriões do atual Campeonato Brasileiro, o Torneio Rio-São Paulo. É, também, o modernizador do jornalismo esportivo brasileiro.

Mário Filho, como assinava as suas crônicas, é irmão do considerado maior teatrólogo desta terra, Nélson Rodrigues, chegou ao Rio de Janeiro aos 8 de idade e começou a carreira pelo jornal “A Manhã”, de propriedade do ai, em 1926, quando o setor era pouco explorado. Depois, trabalhou em “Crítica”, um outro jornal do seu pai, pelo qual passou a mostrar os atletas como eles eram fora de campo, descrevia o desenrolar dos jogos e a linguagem dos torcedores.

Em 1931, passou a trabalhar em “ O Globo”, com o seu amigo e herdeiro da casa Roberto Marinho. Um ano antes, em “Mundo Sportivo“, havia promovido o primeiro desfile de escolas de samba, o que agora é considerado “o maior espetáculo da Terra”.

Mas seu grande lance foi ter comprado, em 1936, de Roberto Marinho, a propriedade do “Jornal dos Sports”. Com o tal, lançou os Jogos da Primavera, em 1947; os Jogos Infantis, em 1951; o Torneio de Pelada no Aterro do Flamengo e o Torneio Rio-São Paulo. Tudo isso sem deixar de prestigiar outras modalidades.

Perto do final da década-1940, Mário Filho lutou pela construção do Maracanã, que leva, hoje, o seu nome, proposto pelo radialista Waldir Amaral e levado à Câmara Legislativa do RJ pelo deputado Raul Brunini. Ainda hoje, Mário Filho é considerado o maior jornalistas esportivo já surgido no Brasil. Autor de livros aplaudidos, entre os quais “O Negro no Futebol Brasileiro”, ele foi derrotado por um ataque cardíaco, aos 58 de idade, pouco depois das Copa do Mundo-1966.

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