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Histórias da Bola
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PERIQUITÃO IMPIEDOSO

Gama marca 12 gols e espreme Limoeiro na Segundona do Brasileirão

Gustavo Mariani

17/12/2023 9h49

A tarde do domingo 28 de novembro de 2004 marcou uma das maiores impiedades do time gamense. Goleou o cearense Limoeiro, por 7 x 1, pelo Campeonato Brasileiro da Série C.

 Além de ficar vice-campeão da Terceirona e subir à Série B, o Periquitão saiu do gramado do Bezerrão membro de um então fechado grupo de sete clubes que já haviam vencido por aquele placar – Grèmio-RS 7 x 1 Operário de Várzea Grande-MT (1992); Bacabal-MA 7 x 1 Imperatriz-MA (1995); Remo-PA 7 x 1 Avaí-SC (1999); Fortaleza-CE 7 x 1 Botafogo de Ribeirão| Preto-SP (2002); Paulista de Jundiaí-SP 7 x 1 Londrina-PR (2003): Marília-SP 7 x 1 Sport-PE (2004) e Moto Club-MA 7 x 1 Tuna Luso-PA (2004). Impiedades maiores só mais quatro: Volta Redonda-RJ 8 X 0 Operário de Várzea Grande-MT (1982); Coritiba-PR 8 x 0 Ferroviária-SP (1995); Londrina-PR 7 x 0 Desportiva-ES (2001); Americano-RJ 7 x 0 Botafogo de Salvador-BA (1980) e Novorizontino-SP 7 x 0 Taguatinga-DF (1991).

 O estraçalhado Limoeiro (foto 1), porém, já estava acostumado a ser maltratado pelo Gama antes daqueles 7 x 1. Pouco antes – 24.10.2004 -, na estreia dos dois no quadrangular final da Terceirona, o Periquitão foi ao Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, e mandou-lhe 5 x 1, assunto que ficará para depois, porque o que mais interessa mais é o “arraso” no Bezerrão.

O Gama começou a partida sem dar sossego ao visitante. Aos 11 minutos, Michel Platini lançou Wesley, que cruzou bola rasteiro para a grande área dos cearenses, onde estava Victor, que fez: Gama 1 x 0. Aos 16, Cleiton cobrou falta mandado a bola para o ângulo esquerdo da trave defendida por Marleudo: Gama 2 x 0. O Limoeiro reagiu, aos 20, com Denílson cobrando faltas e espremendo a rede gamense: 2 x 1. Mas a reação ficou por ali. Aos 23, , Michel Platini cruzou bola na medida para Victor escrever: Gama 3 x 1. Aos 31, Victor devolveu a gentileza do Platin, que recebeu passe para chutar bola rasteira e fazer: 4 x 1. Mas ainda tinha mais no primeiro tempo. Aos 37, Wesley cobrou falta, levantando bola na área fatal do visitante, para Emerson colocar a cuca na pelota e fechar a conta da etapa: Gama 5 x 1 – fácil, fácil!

Veio o segundo tempo e uma chuvinha chata não apagou o fogo do Periquitão. Com dois minutos de pugna, Rodriguinho matou a bola no peito e, de primeira, executou Marleudo: Gama 6 x 1. Por fim, aos 19, reposição de bola pelo goleiro gamense Alencar fez Victor receber o recado, chegar até a área do Limoeiro e lançar Rodriguinho, que matou: Gama 7 x 1, sob arbitragem de Rogério Pereira da Costa-MG.

Treinado por Reinaldo Gueldini (ex-atacante do Flamengo), o Gama foi: Alencar (Roger); Cleiton, Marcão, Emerson e Bobby; Juari (Carlos Eduardo), Macaé, Wesley e Rodriguinho; Victor e Michel Platini (Bispo). O Limoeiro, comandado pelo técnico Oliveira Canindé, alinhou: Marleudo; Givanildo, Uelson, George e Reginaldo (Osvaldo); Aroldo, Jardel (Cici), Denilson e Junior Ferreira; Marciano e Paloma.

OBS: embora goleado, o time cearense foi muito elogiado pela imprensa candanga, por não ter dado nenhum pontapé no adversário. Jogou limpamente e, após o apito final, recebeu cumprimentos de jornalistas.

Quanto à primeira goleada (foto2), a de outubro, na capital cearenses, o Gama começou batendo na rede por bola parada. Macaé cobrou falta, como manda o figurino, aos 22 minutos. Aproveitando o seu melhor volume de jogo, o Periquitão apertou o dono da casa e voltou à rede, aos 31, por intermédio de Victor. Aos 45, em mais uma falta bem cobrada, Denílson diminuiu o prejuízo do anfitrião, ficando daquele jeito o escrito na etapa.

 No segundo tempo, mesmo sem Goeber, expulso na etapa anterior, o Periquitão não apagou o seu fogo. E se deu bem nos contra-ataques, vendo o rival (também teve (Eduardo) uma expulsão de campo) muito afobado nas tentativas de empate. Do que se aproveitaram o zagueiro Emerson, em duas cabeçadas, aos 12 e aos 20 minutos, e o atacante Cristian, aos 35, para fecharem os 5 x 1.

Para aquela goleada, o treinador Reinaldo Gueldini escalou: Alencar; Wesley, Marcão, Emerson e Bobby; Goeber, Macaé (Juari), Germano e Rodriguinho; Cristian (Adão) e Victor (Diego). De sua parte, Oliveira Canindé mandou a campo: Marleudo; Claudecir (Sisi), Uelson (Zé Mauro), Eduardo e Aroldo; Oswaldo, Denílson, Júnior Pereira (Vladimir) e Lequinha; Marciano e Paloma.

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