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Histórias da Bola
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O ZAGUEIRÃO GALOPOSA”

Arquivo Geral

03/09/2018 9h39

A rivalidade Cruzeiro x Atlético-MG é a maior força do futebol mineiro. Pelos inícios disso, seria impensável jogador de um dos dois clubes vestir a camisa do rival. Só depois da década-1980 as coisas mudaram, tendo ídolos atleticanos, mas já no ocaso de suas carreiras, vestido a camisa da “Raposa”, casos de Toninho Cerezzo, Éder Aleixo e até Reinaldo Lima, o maior ídolo de todos os tempos das torcida do “Galo”.

Pela década-1960, o goleiro Mussula deixou o Cruzeiro e foi ser alvinegro. Mas não era um jogador de peso e a sua posição não era tão valorizada. Na década-1970, a vez foi do zagueiro Raul Fernandes. À época, quando a rivalidade fervia, após os atleticanos terem interrompidos cinco temporadas vitoriosas dos estrelados, foi algo de muita coragem. Que se preparasse o “trocador” para ter a mãe mais xingada da “Era Mineirão”.

Raul Fernandes da Costa Filho, zagueiro nascido em Belo Horizonte, em 2 de dezembro de 1941, foi cria do Democrata, de Sete Lagoas-MG, defendeu a a “Raposa” até 1971, aparecendo, pela primeira vez, na escalação, em 17 de novembro de 1968, em Cruzeiro 2 x 2 Portuguesa de Desportos, no Mineirão, pela primeira fase do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão.

De início, por causa do goleiro Raul Guilherme, ele era anunciado por Raul Costa. Se a camisa 1 do dia fosse de Fazzano, seria só Raul. Para o amistoso Cruzeiro 3 x 2 Nacional-AM, no Estádio Gilberto Mestrinho, em Manaus, no 5 de dezembro do mesmo 1968, foi anunciado, pela primeira vez, por Raul Fernandes.

Durante o Robertão-1969, quando os cruzeirenses perderam o título, para o Palmeiras, por dois gols de saldo, foi titular até a reta final, atuando pela lateral-direita e sendo barrado por Lauro, tendo o time-base sido: Raul, Raul Fernandes (Lauro), Darci (Mário Tito), Fontana e Neco; Piazza, Zé Carlos e Dirceu Lopes; Tostão (Zé Carlos Mérola/Gilberto), Evaldo (Palhinha) e Rodrigues (Hilton Oliveira).

Ral Fernandes esteve raposeiro, pela última vez, no 11 de outubro de 1970, em Cruzeiro 4 x 2 Londrina-PR, no Estádio Vitorino Dias, lançado pelo treinador argentino Filpo Nuñes na vaga de Pedro Paulo, durante o amistoso com esta formação: Raul (Nego); Pedro Paulo (Raul Fernandes), Brito, Darci Menezes e Neco (Vanderley); Piazza, Zé Carlos (Spencer), Dirceu Lopes e Evaldo: Tostão (Eduardo Amorim) e Rodrigues.

Rul Fernandes disputou menos de 60 partidas estreladas e, em 1971, transferiu-se para o rival Atlétco-MG, tendo ficado no “Galo” até 1974, disputado 60 jogos e sido campeão da Taça Minas Gerais-1972.

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