Na data de hoje, há 12 temporadas, quando o árbitro Paulo César de Oliveira-SP apitou o final de partida, na velha Fonte Nova, 37.528 pagantes – gastaram R$ 292,370,00 – assistiram algo incomum no futebol brasileiro: um clube com três anos de vida sagrar-se campeão brasileiro da Série B.
O feito foi do Brasiliense, que já havia vencido a Série C, em 2002 – 11 vitórias, cinco empates e duas quedas – e, também, ficado vice-campeão da Copa do Brasil.
Para trazer o caneco, o “Jacaré” foi para um quadrangular final, contra Fortaleza-CE, Avaí-SC e Bahia-BA, o último adversário, e o título foi buscado com virada de placar. Os baianos foram à rede, aos 40 minutos, via Willian. Aos 46, Wellington Dias também foi. Aos 22 da etapa final, Fabrício virou a sorte no jogo. Igor, aos 30, voltou a igualá-la, mas Jairo, aos 33, fechou a conta: Brasiliense 3 x 2.
Naquela fase, os campeões somaram 12 pontos, em seis jogos, com quatro vitórias e duas quedas. Marcaram oito e sofreram cinco tentos. Com Edinho Nazareth treinando-os, Donizete; Jamur, Jairo, Durval e Possato; Deda, Jorginho, Pituca e Fabrício; Val Baiano (Igor) e Wellington Dias foram os campeões – Márcio; Ari, Leonardo, Reginaldo e Bruno; Neto (Willian), Cícero, Robert e Rodriguinho (Luís Alberto); Rena e Neto Potiguar (Igor), comandados pelo treinador Osvaldo Alvarez, o Vadão, fizeram tudo para impedir a festa do Jacaré.
Mas rolou muita festa no 12 de dezembro, em Brasília. Os campeões foram recebidos por torcedores, no Aeroporto JK, em voo que atrasou por duas horas e meia e só desceu no início da noite. Desde as 15h30, a galera já ligava carro de som para animar, animação que continuou com o time desfilando pelas ruas candangas em carro aberto do Corpo de Bombeiros.
Iniciado em abril, a “Segundona-2004” durou oito meses e o Brasilense passou nove rodadas invicto. Esteve, sempre, ente os oito primeiros da fase inicial, quando venceu 13 vezes e só caiu em três. Após os 23 jogos totais, foi o que mais pontuou. Mais? No Serejão, manteve a invencibilidade iniciada após 21 de outubro de 2003, quando caiu ante o Palmeiras (1 x 2), pela Série B-2003. Mas não foi fácil chegar ao quadrangular final. Derrotas para o Ituano-SP e o Fortaleza, só o levaram ao quadrangular final devido ao difícil empate (1 x 1), em 30 de outubro, com o Santa Cruz-PE, No Serejão, durante a última rodada classificatória. Foi assim.
