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Histórias da Bola
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MAIOR GOLEADA DO GAMA

Arquivo Geral

24/08/2017 11h53

O Gama já havia mandado 7 x 0 Comercial e 8 x 0 Planaltina, ambos por Campeonato Candangos. Tratava-se, na realidade, do mesmo adversário, pois a Sociedade Esportiva Comercial, criada em 28 de novembro de 1976, tornou-se Planaltina Atlético Clube partir de 14 de sedtembro de 1980.

Em âmbto nacional, o maior sacode gamense foi 7 x 1 Limoeiro, do Ceará, pelo Campeonato Brasileiro da Série C, em 28 de novembro de 2004, no Bezerrão. No entanto, o maior placar de jogos do “Periquitão” foi 13 x 1 Brasiliense.

Não se espante, pois este era o amador Clube Atlético Brasiliense, e não o grande rival”Jacaré”, criado pelo empresário Luis Estevão de Oliveira Neto. Aconteceu durante a noite de 22 de outubro de 1980, no velho Bezerrão.

Esta é uma história interessante. Hermínio Ferreira Neves, o Tim, criou a Sociedade Esportiva do Gama para disputar o primeiro campeonato de futebol profissional do DF, a ser promovido pela então Federação Metropolitana de Futebol-FMF, atual Federação Brasilense de Futebol. E, só com jogadores da cidade, saídos do amadoreismo, o Gama apanhou geral. Venceu só um jogo, pelo final do torneio – e um na estreia, pelo Torneio Imprensa, preparativo para o Candangão oficial.

Tim, que era barbeiro e tinha emprego humilde em um tribunal de justiça, fora jogador e a sua vida era o futebol. Por prescindir de melhor formação intelectual, era considerado um entrava ao crescimento do clube (na verde, time). Então, o pessoal da Administração Regional do Gama (liderada por Valmir Campello Berzerra, que chegou a senador e ministro do Tribunal de Contas da União, e seu assessor Márcio Tanus de Almeida), negociou com Tim o seu afastamento – Márcio assumiu o comando.

O Gama melhorou, ganhou dois Torneios Incentivo (1977/1978), sem a participação do Brasília EC, a então maior força do futebolo do DF, e foi campeão candango-1979, indiscutivelmente, suplantando o “rivalão”, em tudo. E conseguiu entrar no Campeonato Brasileiro, já com equipe reforçadas por atletas de outros estados, e até trazendo a lenda Martim Franciscopara coandar a sua rapaziada, mesmo em final de carreira e já alcoólatra. Mas ainda sacava muito de futebol.

Tim, obrigado a deixar o seu amado Gama, para o qual fazia versos, não o tirava da cabeça, criou um novo clube (time). Trocou, por um jogo de camisas, com Bruno Giórgio – criador da estátua (de bronze) dos “Dois Candangos”, um dos símbolos de Brasília, na Praça dos Três Poderes – o direito de usá-lo no escudo, o inscreveu no Campeonato Amador-FMF e saiu vice-campeão, revelando Humberto, um bom centroavante.

Com aquilo, Tim foi para um sonho a mais: ver Humberto com a camisa 9 do Gama. E pediu um amistoso ao clube, para apresenta-lo. O cara jogou bem e até marcou o gol de honra do Brasilense. Mas o camisa 9 gamense, Rubens Fantato Filho, fez quatro – Robertinho (3), Manoel Ferreira, Lino, Boni, Dácio, Luis CAarlos e Banana os outros – e o Gama deixou Tim só no sonho.

Márcio Humberto Pereira, auxiliado por Antônio Sobrinho e Dilson Daurte, apitou a partida em que o Gama era treinado por Ayrton Nogueira, que mandou a campo: Hélio (João Batista); Carlão, Kidão (Nego), Décio e Odair; Manoeo ferreira (Evandro Chaveirinho), Luís Carlos Goiano (Jairo) e Banana (Boni); Lino (Dácio), Fantato e Robertinho. O Brasiliense do Tim anunciou: Gessymar; Mendonça, Lula, Robson e Renato; Paulo, Taco e Cizo; Arlindo, Zezinho e Humberto – o goleiro Fio e mais Ricardo, Luciano, Divino e Carpegiani eram os reservas.

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