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Histórias da Bola
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Legião: a homenagem do futebol ao rock de Brasília

Nascida em 11 de maio de 2006, a proposta surgiu voltada para dar futebol à garotada menos favorecida, principalmente

Gustavo Mariani

24/08/2021 9h22

Corria a temporada-2007 do futebol brasiliense. O Legião chegava com pressa. Na tarde do 30 de setembro, goleando o CFZ,por 4 x 0, chegou à Série A do Candangão, a três rodadas do final. Seria elite, em 2008, após: 25.08.2007 – 3 x 0 Renovo; 02.09 – 6 x 0 Ceilandense; 09.09 – 2 x 1 Brazlândia; 16.09 – 1 x 0 Cruzeiro; 22.09 – 1 x 0 Capital e os citados 4 x 0 pra cima do CFZ, que era apoiado pela UPIS-União Pioneira de Integração Social, entidade do ensino superior.

Nascida em 11 de maio de 2006, a proposta surgiu voltada para dar futebol à garotada menos favorecida, principalmente. Era o projeto “Legião de Craques”, da Associação Esportiva e Cultural Legião de Craques, existente desde 2001, com o nome “Legião” homenageando a banda pop Legião Urbana, que tinha o “brasiliense” Renato Russo como um dos integrantes.

De início, reunindo-se em um quinta de casa, a rapaziada não pensava em ir tão longe. Mas a curtição futebol-música pop terminou levando-a para aquele voo nos gamados, decolado pelos “pilotos” Carlos Eduardo, Ítalo Nardelli, Henrique Garrido e Gustavo Leão, que ratearam as despesas, até chegarem ao profissionalismo e ser necessário um patrocínio.

O projeto animou, com a conquista do título de campeão do futebol candango federado da Série C-2006, com cinco vitórias, um empate e uma derrota. Marcou 30 e sofreu apena seis gols. Confira a campanha: 12.10.2006 – 1 x 2 Bosque, de Formosa-GO; 15.10 – 1 x 1 Brasília; 22.10 – 7 x 0 Recanto; 28.10 – 12 x 0 Bosque; 05.11 – 2 x 1 Brasília;12.11 – 5 x 1 Recanto e 19.11 (final) 2 x 1 Brasília Futebol Clube.

Para encarar o desafio profissional, os quatro “pilotos” colocaram à venda cotas que chamaram de “prata e platinum”. A primeira, valendo R$ 6.600,00 e a outra R$ 10.600,00, divididas em 10 parcelas, pagas por 46 patrocinadores que receberiam duas ou quatro dezenas de “camisetas-ingressos” para serem distribuídos entre os seus chegados. Ainda, minados com manobristas, “open bar” regado a muita cerveja, refrigerante, pipoca, e (mais) cadeiras higienizadas com toalhas descartáveis na cor da camisa do time que dotou um leão por mascote.

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