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Histórias da Bola
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Gama exterminador de Urubu II

Em 2002, o Gama empurrou o Flamengo para o 19º lugar do Campeonato Brasileiro da Série A, deixando-o muito próximo da zona de rebaixamento

Redação Jornal de Brasília

17/02/2020 13h07

Em 30 de setembro de 2001, o Gama havia tirado o Flamengo do páreo pela disputa do título do Brasileiro, com 2 x 1, no Maracanã. Quase uma temporada depois, a sina de enrolar a vida dos rubro-negros continuou.

Treinado por Lula Pereira, que vangloriava-se de ser o primeiro treinador negro do Fla, seu time vinha de duas derrotas seguidas, ante Coritiba e Paysandu. Se achava que se reabilitaria diante do “fraco Gama”, como o qualificou a imprensa carioca, esqueceu de combinar com o adversário.

Rola a bola! Aos 25 minutos, André Bahia fez falta sobre Paulo Nunes, perto da entrada de sua área. Rafael cobrou e encaçapou: Gama 1 x 0, placar que vigorou até o final do primeiro tempo e fez a torcida rubro-negra vaiar o seu time quando este saía para o vestiário.

No segundo tempo, Lula Pereira mexeu na sua formação e empatou o prélio, aos 22, de bola parada. Rubens cobrou falta, o goleiro gamense Pitarelli deu rebote e Zé Carlos não perdoou: 1 x 1.

A expectativa de virada flamenguista durou só cinco minutos. Aos 27, Paulo Henrique fez cruzamento de esférica, da direita,  o zagueiro rubro-negro Fernando, duas vezes mais alto do que o baixinho e magrinho Paulo Nunes, deixou-o cabecear livre e matar: Gama 2 x 1.  

Com o novo gol alviverde, os torcedores do Fla explodiram rojões e atiraram moedas na direção do banco do reservas do seu time, tendo os mesmos fugido para dentro do gamado, temorosos dos ataques.

Com aquele placar, o Gama empurrou o Flamengo para o desesperador 19º lugar do Campeonato Brasileiro da Série A, deixando-o muito próximo da zona de rebaixamento. Pior: o Flamengo igualava a sua pior marca dos seus então 106 de vida, somando 25 derrotas em 58 partidas da temporada, a pior desde 1967.

Mesmo com aquele vexame imposto pelo Gama e as pressões da torcida, o presidente rubro-negro, Gilberto Cardoso Filho, dizia que o treinador Lula Pereira não seria demitido e teria emprego garantido até o final do seu mandato, em 14 de outubro daquele 2002. Mas não demorou muito. O Gama ajudou a desemprega-lo.

O árbitro, coincidentemente, foi o baiano Lourival Lima Dias Filho, o mesmo dos 2 x 1 de 2001.

O Gama, treinado por Hélio dos Anjos, detonou com: Pitarelli; Paulo Henrique, Vinícius, Jairo e Rochinha; Deda, Rafael, Lindomar (Anderson) e Jackson; Romualdo e Paulo Nunes. O Flamengo foi: Júlio César; Alessaandro,  Fernando, Andreé Bahia e Rubens (Anderson); André Gomes, Joerginho, Hugo (Andrezinho) e Felipe Melo (Iranildo); Liédson e Zé Carlos.

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