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Histórias da Bola
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Gama dois pra lá, dois pra cá

Da temporada 2002 para a 2003, o Gama mandou o garoto do placar escrever dois 2 x 2 com o Palmeiras. O primeiro na elite do Brasileirão e o segundo na ralé

Redação Jornal de Brasília

03/03/2020 17h58

Reprodução

Por Gustavo Mariani
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No pugna pela Série A, era dia de Brasile em festa – 7 de setembro -, mas a galera pouco pintou – 7.132 almas -no Parque Antártica, a casa do ex-Periquito Palmeiras, que virou “Porco” a partir da década-1980

Assim que o árbitro carioca Edílson Soares da Silva trilou o seu apito, como diriam os “speakers” de antigamente, o Gama anunciou-se nervoso, com defesa desconcentrada. Castigo: aos 5 minutos, Zinho escreveu Verdão-SP 1 x 0 Verdão-DF. Aos 21, Dodô aumentou: 2 x 0.

O Gama só acordou pelo final do primeiro tempo, aos 41, quando o lateral-esquerdo Rochinha deixou Dimba “olhos nos olhos” com o goleiro Marcos. O matador do Planalto Central chutou, Marcos defendeu, mas deu rebote para o glorioso Dimba marcar: 1 x 2, no primeiro tempo.

Para a etapa final, o treinador gamense, Hélio dos Anjos, queria a sua rapaziada com o diabo no corpo. Trocou Lindomar por Romualdo e começou a infernizar a vida do alviverde paulistano. Mas só aos 41, o Periquito do Planalto beliscou a rede. Jackson chutou, a bola bateu na zaga, sobrou para Paulo Nunes, que errou o chute. Por acaso, rolou rebote e Dimba matou, de novo: 2 x 2.

– Pelo que o Gama produziu no segundo tempo, acho que o Palmeiras deve estar satisfeito com o empate”, tripudiou Dimba.

Jogo terminado, Hélio dos Anjos queria expulsar o juiz do planeta. Segundo ele, o cara deixara de marcar pênalti sobre Dimba, “derrubado, por trás, dentro da área, e fazendo que não vira Alexandre colcor a mão na bola”, no mesmo local da falta anterior.

“Árbitro salva o Palmeiras”, foi a manchete do Jornal de Brasilia de 8 de setembro daquele 2002, informando, também, que não lhe informaram o tutu da pugna, o framoso “renda não divulgada”.

Pitarelli; Valdir (Marqauinhos), Vinícius, Jairo e Rochinha; Deda, Nen (Rafael), Jackson e Lindomar (Romualdo); Paulo Nunes e Dimba foi o Gama, enquanto o Palmeiras usou: Marcos; Arce, Thiago Mathias, Alexadre e Rubens Cardoso; Paulo Assunção, Fabiano Eller, Leoanrdo e Zinho; Dodô (Muñoz) e Nenê, treinados por Levir Culpi.

Choro gamense à parte durante o sorridente 7 de setembro, o segundo dois pra lá, dois pra cá foi mais emocionante.

Era 13 de setembro de 2003 e o Palmeiras tinha a motosserra cortando galhos para derrubar o Periquito do Planalto Central. Seu treinador, Jair Picerni, que dirigira o time gamenses, em 1999 (?), nem levava o seu ex a sério. Ao ouvir dizer que a sua antiga patota o enfrentariam jogando no 4-3-3, disparou. “Será que eles vão mesmo jogar pra vencer?”.

Gama e Palmeiras estavam na Série B do Brasileirão. O pega foi marcado para a casa do Verdão paulistano, no então e já demolido Parque Antártica e, se o Periquito candangos vencesse, sairiam da zona (de rebaixamento) – o Periquito paulistano, que abandonara a plumagem e virado Porco, desde da década-1980 (?), liderava.

Durante os primeiros 15 minutos, foi emoção total para os 7.869 pagantes que gastaram R$ 76.212,00 para verem o Verdão de lá bater no Verdão de cá. Aos 10 minutos, Diego Souza abriu a conta, para o Periquito da casa. Dois minutos depois, durante cobrança de escanteio, o zagueiro gamense Emerson empatou para o Periquito de fora: 1 x 1. Imeditamente, o Verdão de lá desempatou, aos 13, por Edmílson. Mais dois minutos passados, o Verdão de cá voltou a encher o saco dos paulistas. Mais uma cobrança de escanteio e mais um gol, agora, por Adriano: 2 x 2, resultado da partida.

O Gama, escalado por Estevam Soares, alinhou: Luciano. Jefferson, Nen, Emerson e Rochinha; Daniel, Leandro Leite e Kleber; Luciano Fonseca, (Rodriguinho) , Anderson e Adriano (Abimael). O Palmeiras, de Jair Picerni, teve: Marcos; Baiano, Daniel, Leandro e Lúcio (Marquinhos); Alceu, Corrêa, Magrão (Elson) e Diego Souza; Vagner Love e Edmilson (Muñoz). Juiz: Domingos de Jesus Viana-PA. Gols: Diego Souza, aos 10; Emerson, aos 12; Edmiílsoln, aos 13, e Adriano, aos 15 minutos.

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