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Histórias da Bola
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Ceub no terreiro do Galo

Time candango jamais conseguiu venceu o Atlético Mineiro

Gustavo Mariani

06/06/2023 11h42

Atualizada 07/06/2023 14h18

Dos chamados “grandes” do futebol mineiro, o Ceub nunca torceu o pescoço do “Galo” (apelido do Atlético-MG). Mandou a Raposa (apelido do Cruzeiro) e o Coelho (apelido do América-MG) pra dentro da toca, mas parou com o futebol devendo uma frente no placar ante os alvinegros das alterosas.

Em cincos confrontos contra o Atlético-MG, o melhor resultado do Ceub foi o empate, amistosamente, por 2 x 2, em 19 de fevereiro de 1974, no já demolido estádio Pelezão, que arrecadou Cr$ 30 mil 267 cruzeiros. Naquele jogo, o time candango chegou a animar a sua torcida, saindo na frente do placar, com o zagueiro atleticano Vantuir Galdino marcando gol contra, aos 11 minutos. A alegria da sua torcida, porém, só durou até os 38, quando Totonho empatou. Mas a rapaziada voltou a abrir o sorriso, aos 52, com Juraci comparecendo à rede e passando o Ceub, novamente, à frente. Pena que o mesmo Totonho voltou a empatar o prélio, aos 67.

O amistoso foi apitado pelo mineiro Maurílio José Santiago, rendeu Cr$ 30.267,00 cruzeiros, a moeda da época, e teve a Acadêmica da Asa Norte (apelido do Ceub), formando com: Valdir Appel; Lauro, Pedro Pradera, Cláudio Oliveira e Adevaldo; Rogério e Xisté (Emerson Braga); Dilson (Dario), Péricles (Gilberto), Juraci e Cardosinho. O “Galo”, treinado por Telê Santana, alinhou: Careca; Getúlio, Grapete, Vantuir e Cláudio Mineiro; Vanderlei Paiva e Fausto (Toninho Cerezo); Paulinho, Reinaldo Lima, Totonho (Campos) e Romeu. OBS: por haver taça em jogo, houve cobranças de pênaltis e os mineiros levaram o caneco, chamado Taça Vitória-Minas, mandando 4 x 2.

Para o Ceub, o empate foi um grandioso resultado, pois aquele time atleticano teve seis atletas que chegaram à Seleção Brasileira: Getúlio, Vantuir, Toninho Cerezo, Reinaldo, Campos e Romeu, além do treinador Telê Santana, que comandaria o time canarinho em duas Copas o Mundo, as de 1982 e de 1986.

O primeiro Ceub x Atlético-MG foi no 31 de março de 1973, no Pelezão, com o meia-atacante Péricles abrindo o placar, aos 9 minutos, e o também meia atleticano Lola (Raimundo José Correa) empatando, aos 26. O técnico dos mineiros, Paulo Benigno, trouxe time titular e forte, que foi: Mussula; Aranha, Grapete, Normandes e Cláudio Mineiro (Oldair); Vanderlei Paiva e Spencer; Paulinho, Reinaldo Lima (Pedrilho), Lola e Romeu.

No Ceub, o treinador/atleta Cláudio Garcia anunciou duas estreias, mas só lançou uma delas, o goleiro Jair Bragança, que entrou nesta formação: Jair Bragança; Edmílson (Serginho), Cláudio Olveira, Emerson Braga e Murilo (Fernando); Enísio, Péricles e Cláudio Garcia; Renê (Paíca), Julinho e Rogério. O árbitro foi Hélio Cosso, da Federação Mineira de Futebol, enquanto os bandeirinhas – Alaor Ribeiro e Aristeu Santana – da Federação Desportiva de Brasília, que arrecadou naquele amistoso Cr$ 19 mil cruzeiros, boa grana para a época.

Em 8 de agosto do mesmo 1973, o Ceub voltou a enfrentar o “Galo”, daquela vez reabrindo o Pelezão, reformado para a sua participação no Campeonato Nacional, confirmada em 10 de abril, pela então Confederação Brasileira de Desportos (atual CBFutebol). Para aquela partida, o presidente ceubense, Adílson Peres, anunciou as estreias do centroavante Dario Alegria, também chamado por Dario Paracatu (alusão à sua cidade mineira) – que havia passado por Vasco, Fluminense e até vestido a camisa do escrete canarinho quando o Palmeiras representou o Brasil, em amistoso de 1965 – e do coringa Oldair Barchi – jogara, também, pelo escrete nacional e os mesmos ex-times do atacante, além de ter sido capitão do Atlético-MG.

O Ceub endureceu o jogo até os 27 minutos do segundo tempo apitado pelo mineiro Sílvio Gonçalves David, mas o “Galo” era muito mais forte e chegou à rede por intermédio de Campos, aos 72 minutos, diante de 7.908 pagantes, que deixaram nas bilheterias do Pelezão a grana de Cr$ 79 mil e 80 cruzeiros. Treinado por João Avelino, o Ceub mandou a campo: Rogério, Enísio, Paulo Lumumba, Emerson Braga e Rildo; Oldair, Cláudio Garcia e Péricles (Jadir); Walmir, Dario Alegria (Julinho) e Tuca. O Atlético-MG teve: Mussula; Zé Maria, Márcio, Vantuir e Cláudio Mineiro; Vanderlei Paiva e Bibi; Arlém, Pedrilho (Marcelo), Campos e Romeu (Rodrigues), treinados por Telê Santana.

O jogo seguinte entre o Ceub e o “Galo” foi oficial, rendeu Cr$ 62.400,00, teve 6.591 pagantes e valeu pelo Campeonato Brasileiro, em seis de abril de 1974, no então estádio Governador Hélio Prates da Silveira, o atual Mané Garrincha. A equipe candanga levou 2 x 4, com tentos atleticanos marcados por Arlém, Reinaldo Lima, Campos e Fausto. Coube a Dario e Gilberto descontarem para os ceubenses, que foram: Valdir Appel; Cláudio Oliveira, Pedro Pradera, Emerson e Rildo; Jorge Luís (Renê), Péricles e Gilberto; Cardosinho, Carlos Roberto e Dario (Juraci), treinados por Cláudio Garcia. O Atlético-MG, de Telê Santana, teve: Mazurkiewicz; Getúlio, Grapete (Márcio), Vantuir e Cláudio Mineiro; Vanderlei Paiva e Fausto; Arlém, Reinaldo (Totonho) Campos e Romeu.

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