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Histórias da Bola
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Bellini destaca Martim Francisco

Arquivo Geral

23/10/2018 9h25

O zagueirão Hideraldo Luís Bellini, capitão do time vascaíno campeão carioca-1956, dizia ter duas certezas no futebol: o atacante que mais trabalho lhe dava nem era considerado um craque, o centroavante Leônidas, do América – registrado por Manoel Pereira. Explicava que, diante de craques indiscutíveis, o zagueiro sabe o que fazer, enquanto, contra o americano teria que esperar pelo absurdo, aliado as suas raça e saúde extraordinárias. Craque mesmo, para ele, no futebol carioca, era o seu colega e meia vascaíno Válter Marciano. O via perfeito, tecnicamente

A outra certeza do capitão Bellini era a de que treinador competente era sinônimo de Martim Francisco, e citava por prova o titulo carioca-1956. Ele afirmava que, depois de passar para o comando do homem, o time do Vasco ganhara mito mais vida e muito mais jogo, tornando-se muito mais entrosado e muito mais objetivo.

– Como capitão da equipe…posso assegurar que as instruções de Martim Francisco são seguidas à risca, apresentando sempre resultados excelentes e imediatos. A velha história de ganhar um “match” no vestiário, no intervallo do jogo… é ‘batata’ (verdade) mesmo”, declarou Bellini à revista carioca “Manchete Esportiva” – N 57, de 22 de dezembro de 1956.

Bellini apontava Vasco 3 x 2 Fluminense o grande exemplo de como se muda um jogo no intervalo. Os tricolores abriram dois gols de frente, mas Martim Francisco traçara estratégia para a virada do placar, oqeu funcionara.

Pelo código de ética de Bellii, atleta simulador de situações enganosas revela-se mau caráter, farsante, o que jurava não haver no time do Martim. Ele só admitia truques em jogos decisivos, por saber que campeoantos não eram para inocentes.

– Sem abusos…de vez em quando, quando os dois times estão com os nevos à flor da pele, temos de representar o papel de vilão”, ponderou à mesma publicação.

Quanto ao jogador padrão, Bellini entendia ser o que impõe-se pelo caráter, não joga para si, mas para o clube, portando-se, sempre, como um cavalheiro, levando vida sadia, esquivando-se de mexericos, aceitando criticas e assumindo responsabilidades nas derrotas, sem acusar companheiros, como era a rapaziada daquela campanha.

Bellini escalou a seleção do campeonato estadual-RJ-1956 com seis jogadores vascaínos: Carlos Alberto Cavalheiro, Paulinho de Almeida, Laerte, Zabará, Váltee e Pinga – Edson (América), Nílton Santos e Bauer (Botafogo), Zizinho (Bangu) e Hílton (Bangu) foram os demais escalados. O melhor treinador? – é preciso escrever?

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