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Histórias da Bola
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As roupas do Almirante

Confira detalhes descritos das camisas utilizadas pelo Vasco da Gama desde o início da história do clube

Willian Matos

12/08/2019 10h29

A primeira camisa do time de futebol do Vasco da Gama era toda preta, trazendo gola polo, com botões, punhos brancos e a Cruz de Cristo em vermelha, sobre o coração. Depois, em vez de botões, a gola passou a ter cordões. Na década-1930, ganhou a forma de V, usada pelos “Panteras Negras”, como era denominado o time da época. Foi aposentada em 1943.

Em 1944, o Vasco passou a usar camisa branca, com faixa diagonal preta e a Cruz de Cristo vermelha dentro da faixa, seguindo na altura do coração. Mas esta camisa havia estreado, em 1938, em Vasco 4 x 1 Bonsucesso  pelo Campeonato Carioca,  e depois nos 2 x 1 América, pelo Troféu da Paz-1937. Meses depois veio o uniforme preto, com faixa diagonal branca.

A camisa branca coincidiu com o surgimento do Expresso da Vitoria, a equipe vascaína que quintuplicou o seu número de torcedores, entre 1945 a 1952, conquistando, inclusive, invicto, os Estaduais-1945/1947/1949, além de tornar o primeiro campeão sul- americano, em 1948. Em meados da décadas-1950 e até o final da 1960, a camisa passou a utilizar novamente a gola polo, mas em forma de V e aberta.

Em 1970, a Cruz de Cristo foi substituída pela Cruz de Pátea (e não Cruz de Malta (denominação incorreta), que permanece até hoje. 

A partir de 1979, o Vasco da Gama passou a ter uma multinacional, a alemã Adidas, sendo a sua fornecedora, parceria que durou até 1988. Durante o período, a Cruz de Pátea e os números passaram a ser aveludados. Foi por ali que surgiram os primeiros patrocinadores estampando as suas marca na camisa. Houve mudanças, também, nos quesitos gola, malha e logotipo. Mas a grande mudança foi a retirada da faixa diagonal das costas, em 1988.

Em 1999, mais uma mudança: a faixa diagonal foi um pouco alargada e colocado sobre a Cruz de Patea três estrelas presentes na bandeira do clube, referentes aos Campeonatos Carioca Invicto de Terra-e-Mar-1945 e Brasileiros-1974 e 1989. Colocou-se, ainda, uma faixa em cada manga (retiradas, em 1993) e os números passaram a ser pintados em preto e branco, saindo o vermelho.

Em 1992, aparecem as primeiras marcas d’água na camisa vascaína.

Em 1993, acrescentou-se mais uma estrela sobre a Cruz de Pátea, referente ao título do Campeonato Sul Americano-1948,  além do escudo do clube nas mangas. Já em 1996, voltou a faixa nas costas, os números ficaram dentro de um circulo destacando, também, o nome do patrocinador, e as mangas anunciavam o nome do fornecedor do material de treinos e jogos. A faixa diagonal passou a ser contornada em vermelho.

Em 1998, a camisa mudou. Novamente, ganhou gola olímpica com botão, furinhos nas laterais e os escudos nas mangas: de um lado o de campeão brasileiro, e do outro o do centenário do clube. Mais uma vez, a faixa nas costas foi retirada, ficando só o numero, mas sem o circulo em torno dele. E foi inserida a quinta estrela, pela conquista do Brasileiro-1997.


Em 1999, brilhou a sexta estrela, alusiva à conquista da Taca Libertadores da América.

Em 2001, ficando sem fornecedor de material esportivo, o Vasco criou a sua própria marca e confeccionou as suas camisas, inserindo mais duas estrelas – oito, no total, – devido aos títulos do Brasileiro, que foi batizado por Copa João Havelange, e a Copa Mercosul, ambos carregadas em 2000.

Em 2002, a camisa toda preta com a Cruz de Pátea sobre o coracão foi retomada e passou a ser o terceiro uniforme oficial do clube. Retirou-se o contorno em vermelho da faixa diagonal.

A partir de 2003, esta, nas costas, passou a ser utilizada novamente, assim como os números em vermelho.

Em 2006, voltou o contorno em vermelho da faixa e os números foram contornados em dourado.

Com os primeiros meses da temporada-2007 marcados pela expectativa do milésimo gol de Romário (pelas contas dele) – aconteceu diante do Sport Recife, em maio, São Januário -, as camisas passaram a ter a contagem regressiva dos tentos do goleador. Uma outra novidade foi a jaqueta usada na Copa Sul Americana. A Cruz de Pátea não ficava diretamente na camisa, mas em um escudo. E foram retiradas os contornos da faixa.

Em 2008 foi inserido um escudo da Conmebol do lado direito do peito, em comemoração aos 10 anos da conquista da Taça Libertadores. Os contornos da faixa passaram a ser prateados. Marcou pela queda a Série B Campeonato Brasileiro.

Em 2009, a principal mudança foi a redução dos números de estrelas, de oito para seis, sendo que duas vermelhas (Sul Americano-1948 e Taça Libertadores-1998) e quatro douradas (Brasileiros-1974/1989/1997/2000). O contorno prateado da faixa saiu, mas foram mantidos nos números. E foi inserido o nome dos atletas nas costas, o que até então, era usada normalmente em competições internacionais.

No mesmo 2009, houve troca de fornecedor e foram usadas várias camisas diferentes. Com novo fornecedor, veio a marca d’agua do escudo desenhado nas costa e oito estrelas douradas (no centro, próximo à gola, na frente) referentes aos títulos de campeão estadual, invicto, de terra e mar-1945; sul-americano-1948; brasileiro-1974/1989/1997/2000); Libertadores-1998 e Copa Mercosul-2000 . O nome do jogadores foi mantidos nas costas. Também, lançou-se camisa comemorativa à volta à Série A, toda preta, com faixa dourada no centro e a frase “O Sentimento nos Trouxe de Volta”.
Em 2010, lançou-se o terceiro uniforme – camisa branca, com cruz vermelha e dentro dela uma Cruz de Cristo branca e no centro ainda um escudo com as oito estrelas e uma Cruz de Cristo bordados. Foi a primeira vez que o Vasco entrou em campo sem a cor preta em sua camisa.

No mesmo 2010, a camisa preta foi adotada como a “home” e a branca como “away”. A Cruz de Pátea ganhou contorno branco (homenagem ao titulo brasileiro de 1974), bem como o estilo de gola. Voltaram os contornos na faixa, vermelho na “home” e prateado na “away”. E inserido um número na frente e do lado esquerdo da cintura. Em 2011, retirou-se o nome dos atletas das costas e das camisas e, posteriormente, também, o numero na frente.

O novo terceiro uniforme faz alusão ao time  conhecido por Camisas Pretas, entre 1923 e 1924. A Cruz de Pátea fica no centro e a imagem de uma mão espalmada, em preto e branco, do lado esquerdo do peito com os dizeres: “Respeito e Igualdade”. Na gola, inserido “Democracia e Inclusao”. 

O modelo manteve acima da Cruz de Patea, teve marca d’água do escudo,  na parte da frente da camisa, além do escudo da CBF, no meio, em homenagem à conquista da Copa Brasil-2009. A faixa de trás foi retirada, para melhor visualização dos números. As golas foram modificadas deixando de lado o modelo de 1974, ficando mais modernas, curiosamente as mesmas são diferentes usadas no modelo preto (home) e na branca (away). A logo marca da Penalty aparece na parte da frente e de trás da camisa e por toda a manga.

Em 2012, o terceiro uniforme e um modelo semelhante ao de 2010, agora predominando a cor azul e branco que estavam presentes na primeira bandeira de Portugal e que na camisa simboliza o mar, no qual o navegador Vasco da Gama enfrentou desafios. Já as modificações entre 2013 a 2019 será assunto de uma futura coluna. Combinado?

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