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Histórias da Bola
Histórias da Bola

ALMANAQUE DO FUTEBOL CANDANGO – 3

Arquivo Geral

07/05/2017 11h45

Atualizada 08/05/2017 10h51

1 – Na semana de 12 de fevereiro de 2012, o Brasiliense alterou o horário do seu jogo, contra o Formosa-GO, pelo Candangão, para ter mais acessos em seu site na Internet. O prélio, que começaria às 17h, passou para as 18h30, quando só a página eletrônica do clube o transmitiria, integralmente – também, pelo rádio. A malandragem levava em conta que, a partir das 19h, todas as rádios estariam transmitindo a obrigatória “Voz do Brasil”. Manchete do jogo: Jacaré dá golpe pela Internet.

2 – O Departamento de Futebol Infantil e Infanto-Juvenil da Federação Metropolitana de Futebol realizava cinco jogos infantis e três infantos, pela oitava rodada, nos inícios da déada-1980. Em Inter x Haway C, o árbitro encerou a partida faltando cinco minutos para completar o tempo, mesmo alertado por um dos bandeirinhas. Sentindo-se prejudicado – perdia, por 1 x 0 –, o Inter foi ao “tapetão”. O torneio infantil contava com um time com nome de mulher: Fátima. Naquela rodada, perdeu, por 2 x 1, do Haway B. Então, a molecada vencedora sacaneou: “Mandamos porrada na Fatinha”.

3 – Hermínio Ferreira das Neves, o Tim, fundador da Sociedade Esportiva do Gama, tempos depois de ter deixado o clube, por pressão da Administração Regional da cidade, que o considerava de baixo nível cultural – era servidor humilde de um tribunal –, criou o Clube Atlético Brasiliense, que chegou a ser vice-campeão amador candango. Para poder usar e usar a estátua dos “Dois Candangos” – está na Praça dos Três Poderes – como emblema do clube, ele trocou a permissão do autor, Bruno Giorgio, por um jogo de camisas. Sem nunca tirar o Gama do coração, Tim disse aos cartolas gamenses que o substituíram ter um sensacional atacante em suas hostes. Para mostrar-lhes o veneno de Humberto, marcou um amistoso, no Bezerrão. Era inícios da década-1980. o Gama mandou 13 x 1 e não levou o rapaz, que era bom jogador, realmente. Alegou não ter dinheiro suficiente para o investimento.

4 – Na temporada-1981, o Gama consolidara a fama de time de maior torcida no DF. E seu presidente, Osvando Lima, vivia dizendo que para vencê-lo, dentro do Bezerrão, só se fosse no tapetão. O marketing ajudava, embora o “Periquito”, campeão candango-1979, tivesse sido vice, em 1980, ganho pelo rival Brasília. Mas, como a propaganda é a alma do negócio, houve domingo em que o Gama fez dois amistosos. O time A encarou o SESI, no Bezerrão, e um “misto quente”, com reservas e juniores, foi a Formosa-GO, colocar as faixas de campeão local no Disnes FC. Valeu, valeu!

5 – Ao assumir o comando do time do Taguatinga, em 1982, o treinador João Avelino disse que ganhar campeonato não dependia só de muito trabalho. Também, “proteção espiritual”. E marcou uma ida de toda a sua rapaziada à uma missa noturna na igreja do Menino Jesus de Praga, o seu santo protetor. Mais: anunciou pretender levar a rapaziada a paulista Aparecida do Norte, a padroeira do Brasil, a fim de agradecê-la pelo título candango de 1981, quando o treinador nem era ele. “É um lance de fé”, justificava, acrescentando que muitos clubes além de visitar a santa, ainda levavam bolas para serem benzidas. Só não disse se as bolas batiam na rede dos adversários, depois de bentas.

6 – Faltava poucos dias para o início da Copa do Mundo-1982, na Espanha. Como a cidade de Taguatinga aniversariava, o Taguatinga EC convidou o Vasco da Gama para um amistoso, no Serejão, dentro dos festejos, engrandecidos pelas presenças de jogadores famosos, como o goleiro Mazaropi, o zagueiro Rondinelli, o meio-campista Dudu “Coelhão” e os atacantes Katinha, Renato Sá, Cláudio Adão e Roberto Dinamite. A galera prestigiou, a renda chegou aos CR$ 5 milhões, 163 mil cruzeiros (muito boa) e o placar Vasco 1 x 0 (gol de Roberto Dinamite, aos 41 minutos do segundo tempo) não foi o mais importante, mas três fatos: 1 – falta de luz no estádio; 2 – demissão do treinador Canhoto, do Taguatinga; 3 – chegada de telex enviado pela CBD convocando o Dinamite para substituir o contundido Careca (Antônio de Oliveira Filho) na equipe canarinha, que já estava na Espanha.

7 – Na tarde do domingo 26 de outubro de 1978, se vencesse o Guará, na casa deste, o Brasília já poderia considerar-se campeão do primeiro turno do Candangão. Para evitar a glória do rival, quando o árbitro Cacírio Marinho preparava-se para mandar a bola rola, um torcedor do ”Lobo da Colina” mandou uma galinha preto dentro das quatro linhas. Acertou os costados do atacante Raimundinho “Baianinho”, que levou um tremendo susto e garantiu: “Erraram o alvo. Macumba em cima de baiano é bola fora”. E pareceu ter razão, pois, no início do segundo tempo, a zaga do “Lobo da Colina” aprontou uma tremenda lambança, que o meia Ernani Banana, que não esperava por tamanha gentileza, ficou até “com vergonha” de fazer o gol. No segundo, ele lançou Edmar e a defesa anfitriã parou, deixando o goleador dominar a bola, ajeitá-la e encobrir o goleiro, à espera de marcação de impedimento. O dono da casa se deu mal em todo os itens.

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