Menu
Histórias da Bola
Histórias da Bola

ÁGUIA AFOGADA

Arquivo Geral

26/03/2018 14h56

Fundada em 5 de junho de 1958, a cidade (satélite de Brasília) de Taguatinga celebrava 24 de vida e incluíra em sua programação festejante um amistoso entre o Taguatinga Esporte Clube e o Vasco da Gama.

Este, no entanto, devido aos compromissos do conviado, só pôde rolar pela tarde da sexta-feira 23. Sem problemas, pois o “Almirante” tinha torcida grande pela terra da Águia Branca (sigificado indígena de Taguatinga para o branquelo gavião-tesoura), comprovado pelo prestigio do torcedor que levara ao Serejão renda superior aos Cr$ 5 milhões de cruzeiros (moeda da época), inimagináveis para jogos candangos.

O (popular) “Taguá” anunciava a estreia de quatro reforços – Mário Jorge, Roque, Cuca e Alencar – para obter a sua primeira vitória sobre um time famoso do Sudeste do país. Teria grande sinigificado deixar para trás ídolos como Roberto Dinamite, Cláudio Adão, Katinha e Dudu Coelhão, feras do fuebol carioca.

Assim que o juiz candango Edson Rezende (futuramente, seria diretor de árbitros da Confederação Brasileira de Futebol) mandou a bola rolar, o “Águia” (o pássaro branco era o símbolo do clube), aos poucos, foi vendo que dava para vencer, pois o Vasco jogava um futebol nada recomendável à sua fama.

Durante o primeiro tempo, mesmo diante de visitante nada criativo, o “Taguá” pouco obrigou o goleiro vascaíno a trabalhar, bisonhando-se quando tinha a chance de gol. Por castigo, quase leva um, em cobrança de escanteio. E o seu goleiro ainda fez duas grandes defesas nas poucas vezes em que foi atacado.

Para o segundo tempo, o “Águia” fez algumas trocas de atletas e melhorou a sua ofensividade. Pressionou bastante, mas esqueceu-se de treinar chutes ao gol. Até os 35 minutos, o Vasco deixara o goleiro Adriano como espectador da partida.

E foi por ali que pintou aquela história de que a bola pune. Aos 41, o Vasco armou o seu único ataque perigoso da etapa e Roberto Dinamite matou: 1 x 0. De presente, um telex avisando-o da suas convocação para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo da Espanha, substituindo o contundido Careca, do São Paulo. No “Taguá”, o treinador Canhoto perdeu o emprego, por desperdiçar grande chance de dar ao clube a sua maior vitória. Atée então, um time de Brasília vencer um carioca era extraordinário.

O Vasco moreu a grana e fez um golzinho contando com: Mazzaropi; Serginho, Ivan , Ney (Rondinelli) e Gilberto; Ernani, Dudu e Jerson (Renato Sá); Katinha, Cláudio Adão e Roberto Dinamite. O Tagutinga pasou vexame por causa de: Adriano; Edson (Eraldo), Duda, Carlos Roberto e Cuca (Warlan); Alencar (Paulo Hermes), Boni e Jânio; Mário Jorege, Roque (Geraldino) e Wander.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado