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Metas da Nintendo no Brasil

A marca vem apostando no mercado local e se pronunciou sobre a localização para português e o valor de seus produtos

Karol Scott Lucena

01/11/2022 14h55

Foto: Divulgação

O ano era 2015. A Nintendo anunciava o encerramento de suas atividades aqui no Brasil. De acordo o gerente-geral Bill van Zyll à época, éramos um mercado importante para eles, mas os desafios do ambiente local de negócios tornaram o país insustentável para o modelo de distribuição adotado pela marca.

Em setembro de 2020, eles voltaram! Afinal, estamos nos tornando um dos maiores mercados de consumo de games do mundo inteiro. Mesmo com o lançamento do Switch com três anos de atraso, desde então a empresa vem dando passos pequenos, mas que estão melhorando nossa experiência com seus produtos.

Em outubro deste ano, houveo anúncio de que as vendas de jogos de mídias físicas voltariam. E agora, o Bill van Zyll afirmou que a meta é conseguir fazer lançamentos de produtos na mesma data do lançamento mundial. Sobre valores, disse que não há diferença no modo que eles estabelecem um preço aqui no Brasil e em outros países, mas ponderou que cada lugar tem sua realidade e que isso impacta muito.

Divulgação

Após o anúncio de Pokémon Scarlet e Violet, a falta de localização para português não agradou em nada os fãs. Pagamos caro, mas os jogos quase não têm traduções e localizações. E aí, Sr. Bill?

O gerente-geral explica que há diferença entre as duas coisas: a tradução pode ser bem simples (por que não fazem, então?), mas a localização requer mais cuidado e lapidação para agregar todo o humor do jogo, além do alto custo. Já existem alguns jogos adaptados, mas a Nintendo pretende ampliar o número de títulos por aqui.

Já que estão trabalhando em território brasileiro, a pergunta que me vem à cabeça é se teremos uma fábrica em nosso país. Bill van Zyll disse que não tem planos para isso e que estão concentrados em trabalhar efetivamente com a distribuição, e que esse modo tem funcionado muito bem.

Como mencionado por ele, o valor dos jogos vai de cada país. No entanto, recentemente tivemos um projeto de lei aprovado que visa reduzir os impostos e burocracia, o Marco Legal dos Games. O PL, que visa tributar os videogames com a mesma tributação de produtos de informática, será levado ao Senado para ser discutido. Atualmente, os impostos em games chegam a 72%.

Vamos torcer para que dê tudo certo. O ideal é que nossos games sejam vistos como algo além da diversão, sendo uma ferramenta importante para a educação de jovens e adultos e até mesmo para tratamentos terapêuticos e formação de profissionais.

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