Não está fácil a vida do gringo John Textor, empresário norte-americano que, por meio da Eagle Football Holdings, tem participações em clubes como Botafogo (Brasil), Crystal Palace (Inglaterra) RWD Molenbeek (Bélgica) e Lyon (França).
Em se tratando de futebol, parece que em tudo que Textor põe a mão, as coisas simplesmente desandam. Hoje ele é criticado em todos os lugares onde atua como cartola.
Aqui no Brasil, apesar de o Botafogo ter vencido os dois primeiros jogos do Cariocão (1 x 0 no Madureira e 2 x 0 no Bangu), a torcida está com a pulga atrás da orelha, principalmente depois do vexame na reta final do Brasileirão do ano passado.
Para piorar a situação, Textor ainda teve a cara-de-pau de comprar uma briga com a CBF, tentando argumentar que o seu time foi “roubado” no Brasileirão.
Mas as críticas maiores à gestão de Textor ocorrem na Europa. A torcida do Crystal Palace protestou contra o empresário e os outros donos do clube durante o 2º tempo da goleada por 5 x 0 sofrida para o Arsenal, neste sábado (20), no Emirates Stadium, pela Premier League.
Nos minutos finais da partida, enquanto o placar ainda marcava 3 x 0 para os Gunners, torcedores no setor visitantes puxaram diversas faixas, exibindo a seguinte mensagem.
“Potencial desperdiçado dentro e fora de campo. Decisões ruins nos fazendo retroceder”. Outros torcedores ainda levaram faixas menores, como uma que dizia: “Sem qualquer visão, sem planos estruturados”.
Na França, a situação também é complicada. O Lyon – uma potência que já foi heptacampeão francês na época de Juninho Pernambucano – está em 16º lugar, depois de 18 rodadas, e corre o risco de rebaixamento.
Indagações como estas até hoje estão sem respostas por parte de Textor: “A multipropriedade é um sucesso ou está matando o futebol?”; e “John Textor, a Ligue 2 (Segunda Divisão), ainda te faz rir?“, perguntam os torcedores, fazendo referência a uma entrevista dada pelo empresário, quando, ao comentar o risco de rebaixamento do Lyon, além de rir, disse não levava a possibilidade a sério e que isso era coisa de “quem está espalhando o medo”.
No auge da crise, adeptos do Lyon exigiram providências com a mensagem: “John Fantasma Textor, quando você vai agir?”
Negócio é negócio
Aparentemente alheio a todas as críticas, John Textor tem planos para o seu consórcio de clubes de futebol que vão além das quatro linhas. Segundo o jornal “Financial Times”, a sua empresa Eagle Football, baseada em Londres, está planejando abrir capital na Bolsa nos Estados Unidos para o negócio de propriedade de múltiplos clubes. Numa iniciativa inédita no mundo do futebol, o objetivo seria alcançar uma avaliação de US$ 1,2 bilhão (R$ 6,2 bilhões).
Os resultados que Botafogo, Crystal Palace e Lyon conseguem dentro de campo, parecem que pouco importam para mr. Textor.
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