Menu
Futebol ETC
Futebol ETC

Saiba como (e por que) o norte-americano John Textor está caindo em desgraça no mundo inteiro

Os europeus estão contestando os negócios do empresário norte-americano e perguntam: “A multipropriedade é um sucesso ou está matando o futebol?”

Marcondes Brito

22/01/2024 6h57

Reprodução/Instagram

Não está fácil a vida do gringo John Textor,  empresário norte-americano que, por meio da Eagle Football Holdings, tem participações em clubes como Botafogo (Brasil), Crystal Palace (Inglaterra) RWD Molenbeek (Bélgica) e Lyon (França).

Em se tratando de futebol, parece que em tudo que Textor põe a mão, as coisas simplesmente desandam. Hoje ele é criticado em todos os lugares onde atua como cartola.

Aqui no Brasil, apesar de o Botafogo ter vencido os dois primeiros jogos do Cariocão (1 x 0 no Madureira e 2 x 0 no Bangu), a torcida está com a pulga atrás da orelha, principalmente depois do vexame na reta final do Brasileirão do ano passado.

Para piorar a situação, Textor ainda teve a cara-de-pau de comprar uma briga com a CBF, tentando argumentar que o seu time foi “roubado” no Brasileirão.

Mas as críticas maiores à gestão de Textor ocorrem na Europa. A torcida do Crystal Palace protestou contra o empresário e os outros donos do clube durante o 2º tempo da goleada por 5 x 0 sofrida para o Arsenal, neste sábado (20), no Emirates Stadium, pela Premier League.

Nos minutos finais da partida, enquanto o placar ainda marcava 3 x 0 para os Gunners, torcedores no setor visitantes puxaram diversas faixas, exibindo a seguinte mensagem.

“Potencial desperdiçado dentro e fora de campo. Decisões ruins nos fazendo retroceder”. Outros torcedores ainda levaram faixas menores, como uma que dizia: “Sem qualquer visão, sem planos estruturados”.

Na França, a situação também é complicada. O Lyon – uma potência que já foi heptacampeão francês na época de Juninho Pernambucano –  está em 16º lugar, depois de 18 rodadas, e corre o risco de rebaixamento.

Indagações como estas até hoje estão sem respostas por parte de Textor: “A multipropriedade é um sucesso ou está matando o futebol?”; e “John Textor, a Ligue 2 (Segunda Divisão), ainda te faz rir?“, perguntam os torcedores, fazendo referência a uma entrevista dada pelo empresário, quando, ao comentar o risco de rebaixamento do Lyon, além de rir, disse não levava a possibilidade a sério e que isso era coisa de “quem está espalhando o medo”.

No auge da crise, adeptos do Lyon exigiram providências com a mensagem: “John Fantasma Textor, quando você vai agir?”

Protesto da torcida do Crystal Palace contra John Textor, na Inglaterra

Negócio é negócio

Aparentemente alheio a todas as críticas,  John Textor tem planos para o seu consórcio de clubes de futebol que vão além das quatro linhas. Segundo o jornal “Financial Times”, a sua empresa Eagle Football, baseada em Londres, está planejando abrir capital na Bolsa nos Estados Unidos para o negócio de propriedade de múltiplos clubes. Numa iniciativa inédita no mundo do futebol, o objetivo seria alcançar uma avaliação de US$ 1,2 bilhão (R$ 6,2 bilhões).

Os resultados que Botafogo, Crystal Palace e Lyon conseguem dentro de campo, parecem que pouco importam para mr. Textor.

Acompanhe as atualizações da coluna “Futebol Etc” nas redes sociais, no Twitter e também no Instagram. Mande sugestões para a coluna pelo email [email protected]

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado