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Mas que mistério é esse em torno da vinda de Carlo Ancelotti para a Seleção?

É muito curioso que o treinador italiano, sempre que foi questionado sobre essa possibilidade, tratou a Seleção Brasileira quase como desdém

Marcondes Brito

17/10/2023 7h48

Foto: AFP

Quando Fernando Diniz foi apresentado como técnico interino da Seleção Brasileira, em julho último, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, assegurou aos jornalistas: “Carlo Ancelotti vai estar aqui em 2024, podem ter certeza”.

Mas é muito curioso que o treinador italiano, sempre que foi questionado sobre essa possibilidade, tratou a Seleção Brasileira quase como desdém.

“São rumores, especulações. Estou me sentindo muito bem no Real Madrid do jeito que as coisas estão. Começamos a temporada de forma excelente e queremos manter o nível”, disse esta semana, em entrevista à Radio Anch’io Sport.

Para ser sincero, eu nunca acreditei totalmente nesta versão da CBF. Minha opinião foi inclusive compartilhada por um amigo italiano, jornalista que cobre a Roma (ex-time de Ancelotti), com quem me encontrei casualmente na Itália, meses atrás. Ele garantiu que “ninguém deixa um gigante como o Real Madrid espontaneamente”.

Faz sentido, sim, mas uma jornalista espanhola, correspondente de veículos de Madrid no Rio de Janeiro, tem um pensamento diferente. “Ancelotti vem”, assegurou-me.

Dinheiro não é tudo, mas…

Um dos primeiros pontos em discussão, na minha opinião, é a questão financeira. No Real Madrid, com o qual tem vínculo até o fim da temporada, Ancelotti recebe salário anual de € 7,5 milhões (cerca de R$ 40 milhões) livre de impostos. Isso significa mais de R$ 3 milhões por mês.

Tite ganhava R$ 1,6 milhão. Diniz, acumulando a Seleção e o Fluminense, segundo rumores, deve faturar entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão. Perceba que, com Ancelotti, estamos falando de outro patamar

Mas, fundamentalmente, tudo depende de resultados. O Real, após nove rodadas, está na liderança da ‘LaLiga’, com 24 pontos, três a mais que o Barcelona, o 3º colocado. Quanto mais títulos o Real conquistar, mais longe Ancelotti ficará da Seleção. Se o time estiver mal, ninguém vai pedir para ele renovar contrato, logicamente.

Da mesma forma, o nosso Fernando Diniz, se conseguir ganhar confiança e montar um time competitivo, a própria CBF vai “esquecer” Ancelotti.

Só que ele precisa abrir o olho (inclusive no jogo de hoje contra o Uruguai) para não repetir o vexame da Venezuela.

Seja aqui no Brasil ou no mercado europeu, a vida de um técnico de futebol é um eterno equilíbrio entre vitórias e derrotas. 

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