No começo do Governo Lula, a então ministra do Esporte, Ana Moser, provocada pela mídia para falar sobre a incrível ascensão dos jogos eletrônicos — os chamados e-sports —, acabou provocando uma enorme polêmica: “A meu ver, é uma indústria do entretenimento, não é esporte”.
Ex-jogadora de vôlei, com participação inclusive em Jogos Olímpicos, ainda rebateu o argumento de que os gamers passam por intenso treinamento para as competições que lotam ginásios pelo país: “A Ivete Sangalo também se prepara para dar show e nem por isso é uma atleta”, disparou.
O tempo passou, Ana Moser foi substituída (por questões politicas, diga-se) pelo deputado André Fufuca (PP-MA), que, por sinal, acha que os e-sports são, sim, um esporte.
Direito & E-sports
Foi lançado recentemente o livro “Direito & E-sports – Direito dos esportes eletrônicos”, pela Editora Amazon, de autoria do advogado Bruno Cassol, fundador do e-Sports Hub Sul, secretário geral da Federação de Esportes Eletrônicos de Santa Catarina (FEESC) e editor da Revista Brasileira de Desporto Eletrônico (RBDE). A obra aborda e-Sports como atividade desportiva e aspectos judiciais no cenário de esportes eletrônicos.
O autor falou com a coluna Futebl Etc e enfatizou que os eSports têm se consolidado como uma modalidade desportiva reconhecida em diversas partes do mundo, e, no Brasil, essa tendência também é evidente.
“Atualmente, 14 estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal já possuem legislação que regulamenta os esportes eletrônicos. Essa regulamentação é um reflexo da crescente popularidade e profissionalização dos eSports, que são vistos como uma forma legítima de competição esportiva”, disse.
“Além disso”- destacou Bruno Cassol – “os eSports oferecem uma plataforma de acessibilidade e inclusão notável. Pessoas com diferentes habilidades físicas e condições podem participar, promovendo a igualdade e a integração social. A Lei Geral do Esporte e a Constitui;cão de 1988 destacam a necessidade de inclusão e acessibilidade nos esportes”, complementou.
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