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Gabrielzinho, super medalhista no Paralímpico, ganha destaque no jornal Le Monde

O nadador brasileiro já tem mais de um quilo e meio no pescoço após o título nos 200 m livres nesta segunda-feira

Marcondes Brito

03/09/2024 8h01

gabrielzinho

Reprodução

O Brasil, que já é considerado uma potência no esporte paraolímpico, está criando também astros internacionais, como o nadador Gabrielzinho, destaque na edição desta terça-feira (3) no jornal Le Monde, da França.

É bom lembrar que o Le Monde é um dos maiores jornais do mundo, publicado em 29 edições internacionais e 18 idiomas, com uma tiragem de 2,4 milhões de exemplares. Veja a seguir o destaque que o jornalão francês deu ao nosso Gabreielzinho.

le monde
Le Monde, França

Gabriel dos Santos Araujo nasceu em Santa Luzia, no estado de Minas Gerais (sudeste do Brasil), cujos porões estavam cheios de ouro no século XVII. Talvez seja daí que vem a sua sede pelos metais mais cobiçados. O nadador já tem mais de um quilo e meio no pescoço após o título, segunda-feira, 2 de setembro, nos 200 m livres, reservado aos nadadores com “deficiência física grave”, o terceiro depois dos 100 m costas e 50 estou de volta.

Assim que entrou na competição na Paris La Défense Arena, o público da bacia de Nanterre fez dele o seu novo queridinho, hipnotizado pelo seu estilo. O atleta de 22 anos – sem braços e com pernas atrofiadas – ondula debaixo de água como um golfinho, utilizando apenas a força do tronco e da pélvis.

O jovem também dá um show fora d’água. Na noite de sábado, 31 de agosto, ao final do bicampeonato, ele fez uma reverência aos 15 mil espectadores, depois tomou um gole na beira da piscina antes de soltar um enorme jato d’água. O “show de Araujo” continuou no pódio, onde suas danças de vitória a cada vez precederam uma interminável volta de honra.

“Comecei a fazer essa comemoração em 2019 durante os Jogos Pan-Americanos de Lima. A dança é uma forma de resumir a mistura de emoções que sinto, disse Gabriel dos Santos Araujo ao Le Monde, entrevistado no sábado. Espero que com a minha alegria possa, de uma forma ou de outra, retribuir todo esse carinho ao público”, disse.

Os espectadores franceses (TV) descobriram sua natureza lúdica durante a cerimônia de abertura, na Place de la Concorde, onde ele foi um dos porta-estandartes de sua delegação, o estandarte preso ao encosto de sua cadeira elétrica. O hexacampeão mundial já havia trazido três medalhas paraolímpicas (duas de ouro e uma de prata) de Tóquio em 2021.

Após a colheita no Japão, aquele que os brasileiros apelidam de “Gabrielzinho” – mede 1,21 m – tornou-se um dos rostos do movimento paralímpico em seu país, na esteira de outro nadador, Daniel Dias ( quinze medalhas nos Jogos, incluindo dez de ouro). “Ele é muito carismático e extremamente popular entre quem acompanha os Jogos Paralímpicos, mas infelizmente nem todo mundo assiste e eles são transmitidos de forma muito parcial”, explica Juliana Lisboa, jornalista do site de notícias esportivas NE45minutos. “Não creio que as pessoas o parem na rua como um jogador de futebol, pelo menos não ainda”, completou.

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