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As músicas que ouvi o Doutor Sócrates cantar

O Magrão, líder da ‘Democracia Corintiana’, se estivesse vivo, completaria 70 anos nesta segunda-feira (19)

Marcondes Brito

19/02/2024 6h54

Arquivo pessoal

Na semana passada, o Doutor Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, nascido em Belém, dia 19 de fevereiro de 1954, foi homenageado por Botafogo-SP e Corinthians, que se enfrentaram pela oitava rodada do Campeonato Paulista.

Os times entraram em campo com um patch especial do jogador no uniforme. O detalhe remete a uma imagem do atleta usando metades dos uniformes do Tricolor e do Alvinegro.

O Magrão, que hoje completaria 70 anos se estivesse vivo,  foi ídolo do Corinthians e brilhou na Seleção Brasileira de 1982, ao lado de Zico, Toninho Cerezo e Júnior. Um craque magistral.

“Eu quero morrer num domingo, num dia em que o Corinthians ganhe um título”, disse o Doutor certa vez.

Pois o pedido foi atendido quando faleceu, no dia 4 de dezembro de 2011, no mesmo dia em que o Corinthians, após  empate sem gols com o Palmeiras, confirmou a conquista do título brasileiro daquele ano.

As músicas de Sócrates

Poucos se lembram, mas o craque Sócrates já gravou um disco sertanejo, chamado ”Casa de Caboclo”. A ideia não era a de se tornar um cantor de sucesso, mas sim de ajudar a quebrar o preconceito contra a música caipira.

No LP, o Magrão cantou clássicos como ”Carro de Boi”, ”Cabocla Tereza” e ”Boiadeiro Errante”. Mas também tem composições de sua autoria, em parceria com o músico Dedê Cruz.

Eu tive a honra de não apenas de conhecer o Doutor Sócrates, mas de fazer uma farra com ele. Foi em dezembro de 2006, na chácara do publicitário Pérsio Padovan, em Brodowski-SP, cidade próxima a Ribeirão Preto.

Guardo com carinho essa foto do Doutor (no alto da página), tocando no meu Triolão. Não diria que ficamos amigos, mas ele pareceu empolgado com aquele instrumento exótico e me tratou o tempo inteiro como “Marcondão”, durante a madrugada, enquanto tentava nos mostrar suas composições.

Todos nós, que gostamos de futebol,  sentimos saudades do Doutor Sócrates. Hoje ele seria titular fácil, fácil na Seleção de Dorival Jr. E certamente seria mais relevante do que Neymar, como um líder carismático que sempre foi.

Em tempo: o Triolão é um instrumento único, que mandei fazer em Taguatinga-DF, na Aden Violões. Tem braços de violão, viola caipira (10 cordas) e cavaquinho. Dá pra tocar, tranquilamente – um braço de cada vez, naturalmente.

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