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Fala, Torcida
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Vencerá o menos incompetente

Caso vença o Fluminense diante de sua apaixonada torcida, e veja Botafogo, Atlético-MG e Flamengo tropeçarem contra Cruzeiro, Cuiabá e São Paulo, respectivamente, o Verdão levantará mais uma taça

Thiago Henrique de Morais

01/12/2023 5h00

Atualizada 30/11/2023 13h45

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Demorou muito para que os três principais times do Brasil na atualidade pudessem chegar com força na disputa pelo título brasileiro. Mas, em função dessa demora, bastou apenas uma rodada para que o verdadeiro poderio do futebol nacional pudesse consolidar a liderança e ter a chance de, já neste fim de semana, levantar a taça. A vitória do Palmeiras, de forma categórica sobre o América-MG, aliadoa à derrota acachapante do Flamengo para o outro postulante, Atlético-MG, na última quarta-feira (29), praticamente selou o fim do campeonato.

O retrato da atual situação de Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras reflete o que foi o ano desses times. Os cariocas deram decepções ao seu torcedor de janeiro a dezembro. Perda da Supercopa do Brasil, Mundial de Clubes, Campeonato Carioca… sem falar da vexatória eliminação na Libertadores da América e da perda do título da Copa do Brasil, sendo derrotado em casa e empatando no Morumbi para o São Paulo, na decisão.

O Galo, por sua vez, correu por fora. Venceu o Mineiro, mas oscilou bastante na Copa do Brasil e na própria Libertadores. Demorou para acordar, mas contratou peças importantes ao decorrer da temporada. Ainda possui chances de superar o Palmeiras e ficar com o título nacional, mas a tabela não lhe é tão favorável.

Já o Palmeiras mostrou o porquê de ser o time mais temido do Brasil. Mesmo passando por algumas crises, como na eliminação da Libertadores da América para o Boca Juniors nas semifinais, obteve os títulos da Supercopa e do Paulistão. Perdeu para o São Paulo nas quartas de final da Copa do Brasil em um dos momentos de oscilação, mas o time soube se recuperar rápido para chegar extremamente forte para a disputa do título brasileiro, que deve vir neste domingo (3) ou, no mais tardar, na próxima quarta-feira (6).

Claro, há um ponto de desequilíbrio nesse meio-tempo. O Botafogo fez um segundo turno de uma equipe que luta contra o rebaixamento. Isso fez com que a vantagem de 13 pontos, obtida no início de outubro, fosse totalmente dizimada. Para ser campeão, hoje, precisa não só vencer os seus próximos dois jogos – algo que não faz desde outubro, amargando uma série de nove jogos sem vitória – mas também torcer para o Palmeiras tropeçar, seja contra o rival Fluminense, seja diante do Cruzeiro, na última rodada.

O Palmeiras mostrou a sua força nessa reta final do Brasileiro, ultrapassando uma crise institucional – na qual a presidente do clube chegou a dizer que se não fosse por ela, o clube sequer estaria na elite do futebol. Mesmo perdendo alguns jogos importantes, como a derrota para o Flamengo por 3 a 0, a equipe não se abalou. Neste fim de semana, caso vença o Fluminense diante de sua apaixonada torcida, e veja Botafogo, Atlético-MG e Flamengo tropeçarem (basta um simples empate diante de Cruzeiro, Cuiabá e São Paulo, respectivamente), o Verdão levantará mais uma taça. Até mesmo se empatar diante do Fluminense e os seus rivais perderem, o time também conquista o título nesse fim de semana.

Será um mérito a conquista do Palmeiras? Sim e não. Sim, por mostrar o seu poder de reação no Brasileiro e não ter se abalado com todas as críticas se crises vividas há pouco tempo. Não, por ter oscilado com frequência na competição. Contudo, nesse último ponto, vale a reflexão: quem não oscilou no Brasileirão?!

Tudo leva a crer que a conquista do Brasileirão desse ano será pelo time menos incompetente ao longo das 38 rodadas: o Botafogo, foi muito nesse segundo turno; o Flamengo, ao longo de toda a temporada; o Atlético-MG cresceu somente nessa reta final, assim como o Palmeiras. Contudo, o time paulista é o mais pronto, tem convivido com títulos e mais títulos ao longo dos últimos anos. Logo, a taça será do clube que soube aproveitar os erros dos rivais e ser o menos falho possível durante a competição.

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