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Fala, Torcida
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Péssima Arbitragem

Primeiro jogo da final entre Corinthians e Flamengo, pela Copa do Brasil, foi marcada por lambanças de Bráulio da Silva Machado

Thiago Henrique de Morais

14/10/2022 5h00

Atualizada 11/11/2022 10h11

Gilvan de Souza/Flamengo

Não é de hoje que a arbitragem brasileira está defasada. Por mais que existam diversas ressalvas a serem feitas, principalmente no que tange o não-profissionalismo destes (muitos possuem outras funções além a da arbitragem), o fato é que a decadência está nítida.

A partida de ida da final da Copa do Brasil entre Corinthians e Flamengo foi um dos retratos desse péssimo momento. Bráulio da Silva Machado fez uma condução pífia, tirando um jogador importante de um dos times da partida de volta por uma falta sem a necessidade de cartão amarelo, assim como a polêmica envolvendo o pênalti não marcado ao clube paulista. A falta de critério foi nítida durante o restante do confronto, com faltas mais acintosas que não tiveram a mesma punição.

Pode se questionar as frequentes faltas de João Gomes durante o empate justificou a definição do amarelo. Mas isso precisa ser feito de maneira imediata. A punição ao volante rubro-negro aconteceu somente após várias reclamações do lado corintiano. A justificativa na súmula deve-se a ‘uma entrada de maneira temerária na disputa da bola’, ou seja, nada referente as faltas anteriormente feitas pelo jogador. A reclamação dos flamenguistas foram ainda maiores após infrações parecidas ou piores contra os seus jogadores, que foram isentas de punição.

Sobre o lance do pênalti, pouco a se falar. Esse tipo de infração não deve ser marcado, principalmente pelo movimento natural do corpo. Se todas as faltas desse tipo forem anotadas, é melhor que os defensores amputem os seus braços para evitar qualquer problema futuro. Não há como correr ou se movimentar sem que um dos membros se movimente para trás. É uma questão de equilíbrio. Uma questão de bom senso. Segundo o árbitro de vídeo, o contato na barriga de Léo Pereira fez com que a bola batesse em sua mão, pegando-a de surpresa em sua mão. Um erro da regra, diga-se, pois, como dito, o movimento natural precisa ser considerado, mesmo sem qualquer desvio anterior – o que não seria considerado.

Infelizmente, todos esses problemas fazem com que o espetáculo seja prejudicado. A partida, que foi intensa e disputada, com uma pequena superioridade ao Flamengo, fez com que o confronto fosse totalmente deixado de lado. Culpa da arbitragem, que no Brasil adora ser protagonista da partida.

Para a partida decisiva, semana que vem no Maracanã, Wilton Pereira Sampaio, que começou a sua carreira no futebol brasiliense, foi escalado para comandar a partida. Um péssimo nome, diga-se. Por mais que seja um dos árbitros que estarão na próxima Copa do Mundo, suas recentes atuações são temerárias. É mais um daqueles que adoram ser o protagonista do confronto, querendo aparecer mais do que os jogadores. Uma decisão lamentável da CBF – ainda que existam outros nomes melhores para o seu lugar. Resta aos torcedores de Flamengo e Corinthians, além daqueles que adoram acompanhar um bom espetáculo, torcer para que ele não interfira tanto no duelo – o que é bastante improvável pelo que já foi exposto neste parágrafo.

O certo é que as competições do futebol brasileiro só não estão em um patamar superior devido as arbitragens ruins, pois ela dá margem para reclamações, suspeições e possíveis benefícios a um ou outro time. No caso do último confronto, tanto Corinthians quanto Flamengo reclamaram das atuações. Ninguém gostou da atuação. E, infelizmente, isso não vai melhorar em um curto período de tempo. Seguiremos duvidando da idoneidade dos homens com o apito na boca que adoram ser os donos da razão e aparecerem mais do que quem deveria ser os protagonistas. Quem perde é o futebol.

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