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Do Alto da Torre
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Arquivo Geral

14/09/2018 7h00

Atualizada 13/09/2018 23h05

Em 2014, 21 candidatos que se declaravam pastores, bispos ou missionários evangélicos expuseram sua opção religiosa em seus nomes de urna. Este ano, apesar do recrudescimento da bancada conservadora no Congresso e na Câmara Legislativa – tivemos até proposta de Dia do Orgulho Hétero – essa quantidade diminuiu para 15 bispos, pastores ou missionários. Candidatos notoriamente apoiados por correntes religiosas desta natureza, no entanto, não se identificam com os títulos e graus da igreja, a exemplo do postulante ao Senado Fadi Faraj (PRP), que é pastor e irmão de outra evangélica assumida, Sandra Faraj (PR), que tenta reeleição na Câmara Legislativa.

A urna é um templo

Mesmo com menos nomes expondo a opção religiosa nas urnas, a expectativa é que a comunidade evangélica novamente catapulte candidatos em direção às Câmaras Legislativa e Federal. O distrital Júlio César (PRB) é um dos nomes mais fortes na briga por uma cadeira no Congresso, enquanto Sandra Faraj e Bispo Renato Andrade (PR) têm grandes chances de emplacar um novo mandato no Legislativo local. É possível ainda que o pastor Egmar Tavares (PRB) seja o vice-governador, caso Rogério Rosso vença a corrida pelo Buriti. A fé move montanhas de votos.

As bolas da vez

Entre os candidatos que usam algum título religioso como estratégia de urna para deputado distrital estão Pastora Maria Andrade (PSC), Pastora Rose (PHS), Pastora Wall (PT), Pastor Bernardo (PPL), Pastor Daniel de Castro (PSC), Pastor Figueiredo Paranaguá (PSDB), Pastor João Paulo (PP), Pastor Jorge Bombeiro (PR), Bispo Renato Andrade (PR) e Missionário Carlos(PR).

As outras bolas da vez

Os demais são os postulantes a deputado federal Pastora Fátima Roque (PMN), Pastor Manoel (PROS) e Bispa Consolação (PHS). O 1º suplente de Senador Bispo Manoel Ferreira (PSC) e o vice-governador Pastor Egmar Tavares (PRB).

Três pra dois
Cristovam Buarque (PPS), Leila do Vôlei (PSB) e Izalci Lucas (PSDB) têm se revezado nas duas primeiras posições das pesquisas de opinião recentes para o Senado. Antes folgado na liderança, Cristovam vê os concorrentes bufando no seu cangote e já chegou a figurar atrás de Leila em dois levantamentos. “Nunca comentei pesquisa. Nunca divulguei na minha página, nem quando estou na liderança”, desconversa o candidato. Ele garante que vai manter o corpo a corpo e as ações de campanha nas próximas semanas, apesar de estar, como define, afônico e ter recebido recomendação médica para não gravar mais programas.

A Fé salva

O tucano Izalci, que tem batido o pé em feira por aí, se orgulha por ter se mantido nas cabeças nas últimas semanas e garante que vai obter mais votos. “Estamos pegando adesão muito grande de evangélicos”, assegura. A princípio, ele conta com o apoio das correntes evangélicas que já impulsionam as candidaturas de figuras como os distritais Bispo Renato Andrade (PR) e Sandra Faraj (PR) — então resta saber de onde vem os demais. Otimista, Izalci acredita que suas intenções de voto vão crescer também porque vários de seus eleitores não sabiam de sua postulação ao Senado. “Trabalhei muito tempo como candidato ao governo, então ainda existe duvida em relação a isso”, avisa. A falta de atenção realmente é o grande entrave de todos os quadros para as eleições.

Pegou o elevador

A candidatura de Leila foi a mais surpreendente até o momento, por ela jamais ter ocupado um cargo eletivo e porque o cabeça da sua coligação, o governador Rodrigo Rollemberg, estagnou nos últimos levantamentos. A ex-secretária de Esportes creditou sua ascensão ao intensivo corpo a corpo. “Apesar de algumas pessoas tentarem desconstruir, meu trabalho é contínuo. As pessoas enxergam meu nome como renovação, sou uma mulher, filha da terra”, defende. A boa posição, porém, também abriu espaço para os primeiros ataques diretos. Izalci Lucas, por exemplo, acredita que o grande plano do PSB é usar Leila como testa de ferro para a primeira suplente Leany Lemos (PSB), candidata original da coligação, assumir. “Servidor tem horror a ela, então colocaram a Leila. Não sei, tudo é possível. Para ir para o Senado tem que ter experiência, não adianta brincar”, dispara. É, tudo tem seu preço.

Concessão de rodovias em pauta
A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) lançou, ontem, no Brasil 21, um documento de sugestões e reivindicações para debater com representantes das candidaturas de Fernando Haddad (PT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). A preocupação da entidade é a continuação dos leilões já previstos e que tipo de investimentos o setor deve receber no próximo mandato. Para o bem ou para o mal, os especialistas convocados pelos quatro presidenciáveis para exporem suas visões sobre o tema reproduziram fielmente o discurso dos candidatos.

Bem representados

Daniel Keller, de Ciro Gomes, usou até linguajar sofisticado, falando em greenfield e debêntures para dizer, em suma, que no eventual governo de Ciro as agências reguladoras do setor serão fortalecidas e o BNDES oferecerá condições mais atraentes para atrair concessionária. Economista de Marina, Cláudio Frischtak atacou a “desastrosa” situação fiscal do País para defender que, antes de investir em rodovias, é preciso melhorar a infraestrutura geral. Pedro Bianch, escudeiro de Alckmin no encontro, repetiu o tucano em suas publicidades eleitorais e usou exemplos que já funcionam em São Paulo. Gustavo Falcão, representante de Haddad, fugiu ao padrão dos demais e apenas leu um papel. Ele defendeu um fundo de financiamento concomitantemente e um estímulo a financiamentos de bancos internacionais e o BNDES.

Galego do Sushi
O pobre do Ari Sushi (PTB) já estava numa situação complicada para ser eleito à Câmara Legislativa, mas o pessoal da publicidade eleitoral da sua coligação fez questão de dificultar a vida do candidato. Durante o horário eleitoral de Ari, a sua tarja de identificação dizia se tratar de outro postulante insólito da legenda, Galego da Limpeza (não confundir com o Galego do Pastel, também do PTB). Assim fica difícil.

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