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Do Alto da Torre
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Uma semana por conta de Flávio Dino 

É uma cortesia do presidente da comissão Davi Alcolumbre, que usou a fórmula para diluir a forte pressão que fatalmente recairá sobre Flávio Dino

Eduardo Brito

07/12/2023 19h01

Dos três senadores do Distrito Federal, o ministro Flávio Dino terá apenas o voto de Leila Barros esta semana, quando deverá ser aprovado para o Supremo Tribunal Federal. Haverá na quarta-feira, 13, o exame de seu nome pela Comissão de Constituição e Justiça, em um formato inédito: tanto Flávio Dino quanto Paulo Gustavo Gonet, indicado procurador-Geral da República, serão sabatinados de uma só vez.

É uma cortesia do presidente da comissão Davi Alcolumbre, que usou a fórmula para diluir a forte pressão que fatalmente recairá sobre Flávio Dino.

Após quase duas semanas mornas no Congresso, com o esvaziamento das sessões em função da revoada de parlamentares rumo à COP de Dubai, a semana se concentrará na nomeação de Flávio Dino, que cumpre a rotina de pedir apoio e votos, senador por senador. Na Câmara, nem isso. Como o presidente Arthur Lira ainda está em viagem para Dubai e adjacências, não se deverá votar nada de muito relevante.

Placares calculados

A menos de uma semana das votações decisivas, já se sabe que Gonet e Flávio Dino contam com os votos suficientes para aprovação, tanto na Comissão de Constituição e Justiça quanto no plenário do Senado. As contas estão feitas, embora exista sempre certa incerteza, pois os votos nesse caso são secretos. De todo jeito, aposta-se que qualquer contagem surpreendente será para mais – ou seja, a favor dos dois indicados – e não para menos.

Isso se dá por conta da extrema polarização da opção por Flávio Dino. Senadores de oposição, com eleitorados hostis ao governo Lula, sabem que não contam com condições políticas de votar a favor do ministro. São punidos nas próximas urnas. De todo jeito, as projeções indicam para Flávio Dino um placar favorável de 26 votos contra 21 na Comissão de Constituição e Justiça. A margem será maior no plenário.

Hoje acredita-se que Flávio Dino deverá ter 51 votos a seu favor e no máximo 30 contra. Ficaria dentro das margens habituais das últimas décadas de escolhas de ministros.

E daí para mais. Com relação a Gonet, muito menos polarizante, as margens devem ser mais amplas. Na Comissão de Constituição e Justiça, por exemplo, ele pode ter até dez votos mais que Dino. Tudo, claro, dentro das incertezas da opção secreta.

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