A esquerda conta com a divisão dos governistas – que eles chamam genericamente de “direita”, apesar dos diversos matizes ideológicos – para obter espaços maiores, tanto na disputa do Buriti quanto das duas cadeiras no Senado.
Só que a divisão começa na própria esquerda. O nome indicado pelo PSB, o ex-interventor Ricardo Cappelli, deu uma guinada à esquerda e partiu para acusações furiosas ao Buriti, acusando até as autoridades de “assassinato” por conta da substituição de uma empresa de enfermagem.

Hoje, o nome mais ativo do PT, o ex-deputado Geraldo Magela, também sentiu a pressão e apontou mais para a esquerda, em uma briga óbvia pelo mesmo espaço.


A greve dos professores também contribuiu para a radicalização e, mesmo em fase minguante, expõe tanto a ex-presidente do sindicato, Rosilene Corrêa, que já pensou em eleição majoritária, mas recuou e pleiteia a Câmara, quanto a deputada Érika Kokay, que concorre ao Senado e, mais do que todos, depende de divisão na direita.
E ainda se veem nomes do Republicanos tentando um espaço nesse jogo. Em outras palavras, de lado a lado existe divisão e, ao menos na esquerda, isso significa radicalização.