Troca de governo opera milagres. Reapareceu em Brasília uma das figuras centrais do Governo Collor, agora como integrante de um certo Conselho de Transição Governamental, composto de dirigentes de partidos aliados.
Lá está Daniel Tourinho, que realmente entende de partidos políticos. Surgiu na vida pública como presidente do nanico Partido da Juventude, que ofereceu tempo de televisão ao então desconhecido governador alagoano Fernando Collor.
Com a repercussão do programa, foi incumbido de expandir a legenda, que se fundiu a outro nanico e se tornou o Partido de Reconstrução Nacional.
Abrigou toda a República de Alagoas, formada após a campanha, e passou a dar pitaco no novo governo. Até o empresário Paulo Octávio elegeu-se pelo PRN. Com a derrocada de Collor, o partido minguou e Daniel Tourinho sumiu.
Operando nos bastidores transformou o desgastado PRN em Partido Trabalhista Cristão e voltou a operar como legenda de aluguel. Com várias legendas trocando de nome e retirando dele a palavra “partido”, Tourinho mudou-o para Agir.
Apoiando Lula, ganhou assento na transição e voltou à vida.