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Do Alto da Torre
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Rapidinhas partidárias no DF

Reclamando da falta de dotações do partido, pastor Ibi Batista acaba de pedir a desfiliação, alegando falta de compromisso do PSD brasiliense

Eduardo Brito

13/10/2022 11h37

O pastor Ibi Batista disputou as eleições para deputado federal pelo PSD e obteve 23.879 votos tornando-se o mais votado no partido, acima até mesmo do favorito André Kubitschek, que ficou nos 20.702 votos.

Reclamando da falta de dotações do partido, o pastor acaba de pedir a desfiliação, alegando falta de compromisso do PSD brasiliense.

Candidaturas coletivas

A aposta inicial das chamadas candidaturas coletivas, aquelas compostas por vários nomes comprometidos a tomarem coletivamente as decisões do mandato, é que cada um deles, já com passado partidário, consiga votos suficientes para que, somados, elejam o cabeça da chapa. Este ano, apareceram sete candidaturas desse tipo, todas de partidos de esquerda.

Nenhuma emplacou. Pedro Ivo, da Rede, montou uma chapa para o Senado com oito integrantes, entre homens e mulheres de seu partido e do PSOL. Conseguiu exatos 8.133 votos. Isso significa que cada um dos integrantes da chapa obteve, em média, 1.017 votos. A distrital eleita com a menor votação, eleita graças à legenda, teve 11.012 votos

Suplência republicana

Partido da senadora eleita Damares Alves, o Republicanos brasiliense surpreendeu também ao ser o mais votado para a Câmara dos Deputados. Fez três cadeiras. Com isso, os suplentes já estão se agitando. O primeiro suplente é o professor Paulo Fernando, veterano militante católico, que já tentou ser deputado outras vezes. E o segundo, embora com apenas 7.090 votos, concorreu como Fabiano Intérprete Bolsonaro. Sim, ele mesmo, que costuma aparecer ao lado do atual presidente, traduzindo suas falas em libras. O nome civil, a propósito, é Fabiano Guimarães da Rocha. Crédito LIBRAS ON LINE

Mudanças à vista no PL

O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, examina estratégias para se aproximar do bolsonarismo-raiz, que fez grande parte da bancada federal do partido. Valdemar não corre risco de perder o controle do PL, que preside há mais de duas décadas, graças ao estatuto partidário. No entanto, não quer repetir os problemas ocorridos com outros partidos que abrigaram a família Bolsonaro, a começar pelo PSL, que deu legenda ao atual presidente em 2018. Dessa forma, Valdemar não pretende transigir no comando nacional do PL, mas admite entregar direções regionais aos bolsonaristas. Justamente por isso, estuda a possibilidade de convidar para a presidência regional do PL a deputada bolsonarista Bia Kicis ou, eventualmente, o deputado eleito Alberto Fraga. Hoje a presidência regional está com a ex-ministra Flávia Arruda, após o controle local ter sido entregue ao então governador José Roberto Arruda, há doze anos. Sem mandato, Flávia poderia ser convencida a aceitar a substituição.

Eclipse do Partido Novo

Hoje com uma bancada barulhenta de oito deputados federais, o Partido Novo calculava aumenta-la para doze, no mínimo. Esse era o cálculo feito por seu principal nome brasiliense, o advogado Paulo Roque (foto), aposta para o Senado caso a candidatura do senador José Antônio Reguffe ao Buriti emplacasse. Sem Reguffe, Paulo Roque concorreu à Câmara dos Deputados, mas seus 18.811 votos foram insuficientes para atingir o quociente eleitoral – em 2018 ele teve 202 mil para senador. Esse desempenho se estendeu a todo o Novo. Embora tivesse um campeão de votos, Marcel Van Hatten, no Rio Grande do Sul, o Novo fará apenas três deputados, insuficientes até para manter uma liderança e conseguir vagas em comissões.

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