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Do Alto da Torre
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Questão de voto

Preferiu ficar quase todo o mandato como administrador regional de Ceilândia. Foi uma aposta errada. Sua votação caiu para 12 mil e não se elegeu

Eduardo Brito

10/11/2022 21h00

Foto: Renato Alves / Agência Brasília

Na escolha dos novos titulares de secretarias e mesmo de administrações regionais, o governador Ibaneis Rocha admite escolher nomes de políticos, mesmo de derrotados nas últimas eleições. Pesará, porém, o desempenho eleitoral.

Um exemplo pode ser dado pelo distrital Fernando Fernandes. Delegado de carreira, ele teve 29 mil votos em 2018, sendo o segundo colocado – e apenas 37 votos menos que o primeiro.

Preferiu ficar quase todo o mandato como administrador regional de Ceilândia. Foi uma aposta errada. Sua votação caiu para 12 mil e não se elegeu. Ceilândia tem mais de 250 mil votos.

Experiência conta

Atribui-se ao distrital eleito Joaquim Roriz Neto a intenção de ocupar uma administração regional de peso, por exemplo a de Samambaia, como estratégia para firmar um perfil realizador à sua imagem, hoje forte apenas por conta dos grandes feitos do avô.

Embora tenha boas relações com Ibaneis, Roriz Neto não conta ainda com um desempenho que o identifique com o padrão preferido para um administrador regional, que é a experiência de gestão. Esse tipo de critério ainda vale.

Bom de voto

O critério de ser bom de voto não valeu no primeiro governo Lula, iniciado em 2003. Seu ministério incluiu nada menos do que oito derrotados na eleição desse ano. A maioria, embora nem todos, pertencia ao PT.

A partir daí, tanto Lula quanto Dilma passaram a cobrar melhor desempenho a seus escolhidos. Desta vez, se forem priorizados os bons de voto ficará difícil para o mais citado dos ministeriáveis. Fernando Haddad conseguiu perder sucessivamente os três cargos mais cobiçados do Brasil.

Foi derrotado em 2016 para a prefeitura de São Paulo, em 2018 para a presidência da República e em 2022 para governador do estado de São Paulo. E sempre por margens significativas.

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