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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

PTB nas telas

Arquivo Geral

17/11/2016 7h00

Atualizada 16/11/2016 22h04

Em toda a carreira politica, Alírio Neto teve direito a apenas seis inserções de televisão, sem contar com os períodos eleitorais. Agora, na condição de presidente regional do PTB, o político trabalha na organização de dezenas de espaços nas telas dos brasilienses. A sigla aguarda a palavra final do Tribunal Regional Eleitoral sobre o número total, mas prevê, em princípio, 40 entre janeiro e fevereiro de 2017. “Até assusta”, brinca Alírio. O partido ainda não definiu o conteúdo, mas tem certeza do tom do discurso: oposição sem concessões ao governo Rollemberg.

Passos

Segundo Alírio, o PTB tem um projeto claro para 2018: eleger dois deputados distritais, um federal e emplacar um nome na corrida majoritária, seja para as posições de governador, vice ou senador. Até a corrida eleitoral, a legenda pretende envolver organicamente militantes, simpatizantes e aliados. “Vamos fundar núcleos em todas as cidades satélites”, conta. Do ponto de vista do presidente regional, não se ganha eleição sem o envolvimento popular.

Resposta das urnas

Alírio é um dos principais articuladores do projeto do “chapão” dos partidos de centro e direita, junto com grupos políticos do clã Roriz e do ex-governador José Roberto Arruda. Apesar dos projetos políticos distintos, o grupo sonha com a consolidação de uma grande chapa majoritária na briga pelo Palácio do Buriti. “Tem gente que me critica por contar o que está acontecendo. Acham que posso estar alertando o Rollemberg para cooptar os partidos. Ora, cada um tem a sua opção. A urna em 2018 vai responder”, comenta. O próximo encontro do grupo deverá ser organizado pelo PHS, mesmo partido do deputado distrital Lira, que flutua entre base e oposição na Câmara Legislativa.

Maratona

A eleição para a presidência da presidência da Câmara Legislativa é uma maratona longa e trabalhosa. As articulações envolvem a disposição de cadeiras na Mesa Diretora e nas comissões da Casa. Este processo só começa a afunilar cinco dias antes da votação. Em alguns casos, as negociações alcançam o próprio dia da votação, que desta vez será no dia 15 de dezembro. Esta é a visão de um dos principais concorrentes ao comando do Legislativo, deputado distrital Agaciel Maia (PR).

Correndo por fora

Atualmente, o parlamentar concorre abertamente com pelo menos dois grupos. Mas este número pode aumentar. “Tem mais seis deputados em condições de pleitear e disputar a presidência”, pondera Maia.

Plataforma

Pela perspectiva do deputado, a Câmara deve simplificar processos, procurando trabalhar o quanto mais simples e eficiente possível. O Legislativo também precisa fechar o bolso, gastando apenas o necessário. “Temos que participar mais das políticas públicas e das discussões da cidade. A questão fundiária é um exemplo. É muito importante fazer o debate e achar soluções. É bom para os donos de lotes, que ganham segurança. É bom para o governo e o DF, porque se arrecada mais. Há também muita desinformação sobre o papel da Câmara. Vamos trabalhar o projeto do TV Legislativa e buscar ações para mostrar o trabalho da Casa. E, se for para votar um projeto que gere receita, emprego e renda para cidade, eu irei em frente; se entender que o projeto é ruim para cidade, vou rejeitar, mesmo que seja do governo”, argumenta Agaciel.

Caixa consolidado do GDF

O GDF tem no caixa R$ 1.500.261.104,96. Deste total, R$ 1.225.723.538,24 são recursos vinculados. Os R$ 274.537.566,72 restantes representam reservas de liquidez imediata. O raio-x financeiro das contas públicas brasilienses foi calculado pelo gabinete do deputado Chico Vigilante (PT).

Diagnóstico

Os recursos vinculados só podem ser gastos com projetos e ações específicas, pré-determinadas. Ou seja, não podem ser gastos para pagar salários e reajustes de servidores. As reservas de liquidez imediata podem ser gastas livremente pelo Buriti. No entanto, estão muito aquém da própria folha de pagamento das categorias.

A crítica

Então, significa que o GDF está fazendo tudo de maneira correta, em termos financeiros e orçamentários? Não. O Executivo está pecando gravemente. Segundo especialistas em contas públicas, não é saudável que um governo tenha tanto dinheiro vinculado parado no caixa. Esta verba não serve para pagar salários, mas tem o objetivo de arcar com insumos para saúde, educação e outras áreas. Ou seja, é o dinheiro que falta para compra de medicamentos, seringas, equipamentos médicos, livros didáticos para alunos, material pedagógico de professores.

Represa da discórdia

O fato é que o Executivo está represando dinheiro vinculado, seja por erros ou escolhas de gestão. Se o dinheiro estivesse chegando na ponta, no fluxo adequado, as reservas vinculadas teriam um patamar próximo dos recursos de liquidez imediata. Desta forma, pelo menos garantiria melhores condições de trabalho para os servidores e uma melhor oferta de serviços públicos para a população.

Candidato tem. Falta só o nome

Há resistência ao nome de Joe Valle (PDT) como candidato à presidência da Câmara Legislativa por parte do governador Rodrigo Rollemberg. Ele quer o apoio incondicional do maior bloco da Casa – formado por cinco deputados do PDT, Rede e PV – ao candidato dele, Agaciel Maia (PR). Ocorre que o blocão tem candidato, só não se decidiu entre Israel Batista (PV) ou Joe. Ficou para a próxima quarta-feira a reunião que definirá o nome. “O que já está decidido é que a gente vai até o final com a candidatura. Estamos buscando votos para o nosso candidato. E não nos passa pela cabeça retirar a candidatura”, resumiu o deputado Cláudio Abrantes (Rede).

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