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Do Alto da Torre
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PSD garante apoio a Ibaneis

O documento é assinado por ambos e também pelo presidente regional do PSD, o ex-senador Paulo Octávio

Eduardo Brito

08/11/2022 19h35

Ibaneis

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Os distritais reeleitos Robério Negreiros e Jorge Vianna entregaram ao governador Ibaneis Rocha um documento de seu partido, o PSD, que garante apoio à nova gestão, ao mesmo tempo em que coloca seus quadros à disposição para participar na transição e depois na administração que começa em janeiro.

O documento é assinado por ambos e também pelo presidente regional do PSD, o ex-senador Paulo Octávio.

A nota não poderia ser mais amável. Diz que, ao reeleger Ibaneis por mais quatro anos, feito eleitoral que não ocorria desde os tempos de Joaquim Roriz, “a soberana escolha popular reconheceu seu trabalho”. Lembra ainda que, embora tenha lançado candidato contra ele, “nunca se deixou levar pela tentação de fáceis ataques”.

Necessidade de base de apoio

Mesmo assim, o PSD percebe “um quadro político preocupante, que reflete a polarização da eleição presidencial”. Disso deduz que o Buriti vai necessitar de uma ampla base de apoio. Vem daí a oferta de integrar a base partidária junto ao Poder Executivo, pois “só a união das correntes políticas fará do Distrito Federal uma unidade federativa grande e próspera”.

É evidente que esse apoio tem um custo. Os distritais do PSD já participam do governo, pois integraram a base durante o primeiro governo Ibaneis.

Assim, pretendem manter os cargos que já controlam e, claro, ampliá-los na medida do possível. Há ainda a questão pendente do distrital Cláudio Abrantes, também do PSD, que foi bem votado, mas amargou a primeira suplência.

Ele é colocado, porém, na cota do próprio Ibaneis, a quem apoiou na campanha e de quem foi líder na Câmara.

Presidência da Câmara

O objetivo maior é entrar na disputa pela presidência da Câmara Legislativa, que exige sinal verde do governador e, eventualmente, seu apoio direto na reta final. Ambos reeleitos, Jorge Vianna e Robério Negreiros são candidatos ao cargo.

Existe até uma orientação pronta. Vianna seria candidato à presidência desde a primeira metade da legislatura, enquanto Robério admite esperar a segunda metade, embora para garantir isso precise da aprovação de emenda à Lei Orgânica que barra a reeleição dos integrantes da Mesa Diretora.

Jogo é mais complicado

Os dois distritais do PSD precisarão, já está mais do que claro, disputar a presidência com candidatos de outros partidos. Eles contam com um terceiro voto, o da coligada Paula Belmonte, do Cidadania.

Mas o MDB do governador também conta com três cadeiras e ao menos duas candidaturas do partido já estão lançadas, a do líder do Governo, João Hermeto, e do veterano Wellington Luiz, que retorna à Câmara para um terceiro mandato.

Atribui-se ao atual presidente Rafael Prudente, um discreto estímulo ao terceiro distrital da legenda, Iolando Almeida, também reeleito. E o PL pode ensaiar um movimento, por somar quatro distritais, a maior das bancadas.

De certo, porém, está a absolutamente necessidade de endosso do governador Ibaneis. Ninguém se arriscaria a passar o sufoco do antecessor dele, Rodrigo Rollemberg, que nunca contou com apoio integral dos presidentes da Câmara à sua época.

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