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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Polícia Militar fica mal na foto

Tudo isso, inclusive o agravamento do risco foi partilhado em um grupo de Whats’App que incluía instituições como a ABIN

Eduardo Brito

09/03/2023 19h00

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Marília Ferreira Alencar, deixou mal a os órgãos de segurança federais, a segurança brasiliense e em especial a Polícia Militar, ao afirmar à CPI dos Atos Antidemocráticos, nesta quinta-feira, 9, que alertou com antecedência todas as autoridades, federais e distritais, sobre os riscos da mobilização golpista do dia 8 de janeiro.

As informações, que constam em relatório apresentado na antevéspera dos atos, serviu, segundo ela, para a elaboração do chamado Planejamento de Ação Integrado – que costuma ser montado para conter manifestações de grande porte.

Tudo isso, inclusive o agravamento do risco foi partilhado em um grupo de Whats’App que incluía instituições como a ABIN, os centros de informações militares e toda a cúpula da Secretaria de Segurança Pública. Desde a quinta-feira, 5, os alertas de risco já constavam do grupo.

Ainda de acordo com Marília, que é delegada da Polícia Federal, os informes da inteligência mostravam possibilidade de “fatos alarmantes, embora não confirmados”, demonstrando que os golpistas apresentavam “ânimos exaltados, dispostos a confronto com as forças de segurança”, ocupação de prédios públicos, e que visavam a “tomada de poder”. Tudo devidamente compartilhado com as autoridades federais.

Tudo planejado, senão orquestrado

As declarações da ex-subsecretária, avaliou o presidente da CPI, Chico Vigilante, mostram que foram passadas a todos os órgãos de segurança as informações de que se planejavam os atos de violência, a tentativa de golpe.

E mostram também que esses órgãos de segurança, em particular a Polícia Militar, não tomaram nenhuma providência eficaz.

“Cada vez que a gente aprofunda mais as apurações, percebe que houve uma falha brutal por parte da Polícia Militar do DF”, afirmou Vigilante. “Portanto, estou cada vez mais convencido de que houve algo planejado, algo orquestrado, para que aquela situação ocorresse”, concluiu.

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