Brasília não terá eleições municipais em 2024, mas nem por isso o clima da disputa política está amainado.
Na falta de prefeitos e vereadores, a disputa fica em torno da escolha de membros dos conselhos comunitários de segurança, Consegs, que ocorrerão no dia 29 de outubro, e dos conselheiros tutelares dos Direitos da Criança e do Adolescente, marcada para 1º de outubro.
Ex-candidato ao Senado pelo PSOL, Chico Sant’Anna registra que, embora sejam espaços apartidários para a comunidade se fazer presente – uma ferramenta de democracia direta – a ideologização de ambos os fóruns está bastante elevada, pois o que se vê nas redes sociais é um repeteco da polarização entre bolsonaristas e progressistas.
Vídeos postados por conservadores conclamam aqueles que são “contra comunistas, progressistas e simpatizantes da esquerda” a participarem das eleições e “barrar a vitória dessa esquerdalha”.
Por outro lado, desde as eleições passadas, partidos de esquerda apostaram nas eleições para conselhos tutelares no rumo de obter visibilidade.
Por exemplo, Keka Bagno, que disputou o Buriti pelo PSOL, é hoje conselheira tutelar. Como mostra Chico Sant’Anna, os vídeos atravessam fronteira. Em um deles, o deputado bolsonarista Gustavo Gayer, que é de Goiás, diz que essa é a oportunidade de barrar o avanço das esquerdas.
Já tem até listão
De seu lado, partidos de esquerda – à frente o PSOL, mas também o PT e outros – lançaram até um listão de 50 candidatos preferenciais, em 20 regiões administrativas do Distrito Federal. As relações maiores estão em Ceilândia, com sete nomes, Taguatinga, com cinco e Plano Piloto, com quatro.