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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Paula e Felipe Belmonte dizem que fatura não está fechada

Paula tem pronto, e até já exibiu aos integrantes da reunião, um vídeo mostrando que, ao contrário de Izalci, ela tem apoio multipartidário

Eduardo Brito

28/07/2022 5h00

Atualizada 27/07/2022 23h19

A decisão do PSDB-Cidadania não foi o que esperavam, mas Paula Belmonte e o marido Felipe Belmonte, presidente regional do PSC, acreditam que a fatura não está fechada. Seus advogados definem ainda nesta quinta-feira, 28, a estratégia para recorrer ao Judiciário e pretendem ingressar com ação em seguida. No entanto, não descartam permanecer no jogo político, por mais que a tempestuosa reação de ambos à postura da executiva tenha derrubado pontes. Paula tem pronto, e até já exibiu aos integrantes da reunião, um vídeo mostrando que, ao contrário de Izalci, ela tem apoio multipartidário. Aparecem nesse vídeo os presidentes de cinco partidos, Reguffe, o ex-senador Cristovam Buarque, candidatos do Cidadania às eleições deste ano e mulheres do União Brasil, como Eliane Pedrosa, Julia Lucy e Maria de Lourdes Abadia. Pretende insistir nessa tecla.

Tem mais gente querendo a vice

Integrante do comando de campanha de Reguffe, o secretário-geral do Podemos e ex-deputado Luiz Pitiman, não acredita muito em uma decisão por via judicial. Na legislação brasileira, partido é quase uma monarquia, com a direção nacional, suprema, dando palavra final. A via política também está complicada, no caso. “Política é uma construção conjunta, que abra espaços para o futuro, pois eleição se ganha com soma, não com divisão”, ensina Pitiman. De quebra, tem mais gente de olho nessa vice. O PDT já foi cogitado, com Joe Valle. Também já foram citados nomes do PSB, como Valdir Oliveira, diretor do Sebrae, e o candidato do partido ao Buriti, Rafael Parente, aliado de Reguffe. O União Brasil tem falando muito em uma chapa puro sangue, em que o vice poderia ser seu presidente regional Manoel Arruda. Também o Podemos, aliado de Reguffe desde a primeira hora, nutre suas pretensões.

E, por falar em vice…

A turma do Cidadania tem uma explicação para o voto surpreendente da sua senadora Eliziane Gama em favor de Izalci, única do partido a votar contra Paula Belmonte. É que na própria terça-feira, 26, o senador tucano Tasso Jereissati avisou que não queria mais a vice na chapa presidencial de Simone Tebet. Eliziane Gama, que está no meio do mandato e não tem nada a perder, passou a ser a favorita para formar chapa com Simone Tebet, a única com duas mulheres até hoje. Não iria querer criar arestas com o PSDB que, embora junto com o Cidadania, fará a indicação.

Voto em Simone Tebet

O governador Ibaneis Rocha votou em Simone Tebet na convenção nacional do MDB desta quarta-feira, 27. Avisou também que não será seu único voto em Simone, pois pretende repetir a escolha nas eleições presidenciais. Confirma, porém, que seu palanque na campanha para o Planalto será do presidente Jair Bolsonaro. Afinal, todos os partidos de sua base estão com Bolsonaro. E o próprio Ibaneis esteve no ato político feito pelo PP, pouco depois da convenção emedebista, em favor da reeleição do presidente.

PP empreendedor com o zero-quatro

O Partido Progressista instalou o PP Empreendedor braço político da legenda voltado exclusivamente para atender as demandas do setor produtivo do Distrito Federal. A pré-candidata a distrital Mônia Andrade, que é empresária, foi empossada como presidente do novo PP Empreendedor, pela deputada federal Celina Leão, durante um jantar com cerca de 300 empresários da cidade. Esteve lá até Jair Renan, o filho zero-quatro do presidente Bolsonaro, aquele que já imaginou “quem sabe não sou o próximo Elon Musk” e posou com Mônia. A nova presidente lembrou que, de cada dez empregos gerados no País, sete são do empreendedorismo. “No ano passado, mesmo com a pandemia”, lembrou Mônia, “o Distrito Federal abriu mais de 34 mil empresas”.

Sem reeleição

Em entrevista ao UOL nesta quarta-feira, 27, o ex-presidente Lula reproduziu uma frase do antecessor Juscelino Kubitschek: se eleito, fará quarenta anos em quatro. À época de JK o mandato, e a frase, eram de cinco anos. Isso, porém, tem um significado. Lula admite não disputar à reeleição. Na mesma entrevista lembrou que estará com 77 anos ao assumir, caso ganhe a eleição, e terminaria esse mandato com 81. Até hoje o presidente brasileiro a chegar ao cargo mais velho é Michel Temer, que tinha 75 anos. Isso não significa, porém, que Lula se comprometa a acabar com o tão criticado instituto da reeleição. Haveria uma tremenda encrenca com os governadores e os direitos presumivelmente adquiridos. No próprio Distrito Federal, se Ibaneis Rocha for reeleito, não poderá o governo, mas caso renuncie para tentar o Senado, a vice Celina Leão assumirá e, claro, tentará reeleger-se. O mesmo vale para os demais candidatos, como José Antonio Reguffe, Izalci Lucas, Leandro Grass, Leila Barros, Rafael Prudente, Keka Bagno ou quem mais for, pois completarão o primeiro mandato e, ao serem eleitos, o instituto estava em plena validade. Mais judicialização.

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