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Do Alto da Torre
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Paula Belmonte sobrevive a guerrilha no Cidadania

Mas os filiados locais marcaram para o último sábado uma reunião do diretório, em que oposicionistas pretendiam tomar o comando regional

Eduardo Brito

28/08/2023 18h25

Paula Belmonte é uma das madrinhas patrocinadoras da campanha do Jornal de Brasília

Presidente regional do Cidadania, a hoje distrital Paula Belmonte conseguiu jogar uma ducha de água fria na guerrilha interna que ameaçava escolher uma nova direção regional para o partido. Essa encrenca se dava no contexto de um confronto muito mais amplo, a rebelião que tenta substituir o presidente nacional do partido, Roberto Freire.

Um grupo de antigos militantes, chefiado pelo secretário-geral Régis Cavalcanti, pretende aderir ao governo Lula, atacando Freire e a bancada federal do partido, ostensivamente oposicionista. Essa briga não acabou. Mas os filiados locais marcaram para o último sábado uma reunião do diretório, em que oposicionistas pretendiam tomar o comando regional. Só que não estavam unidos.

Uma corrente pretendia eleger presidente o ex-secretário Marcelo Aguiar, muito ligado ao ex-senador Cristovam Buarque. Outra, de militantes mais tradicionais, preferia Ezequiel Nascimento, que já tem experiência, pois foi presidente regional do PDT. No entanto, Paula Santana compareceu à reunião e avisou que a única pauta possível seria preencher duas vagas abertas no diretório, com a saída dos titulares.

A última reunião geral, em fevereiro, não previa qualquer eleição para a presidência e demais cargos-chave a esta altura do campeonato. Paula também fez uma longa exposição sobre seu desempenho no cargo e no exercício dos mandatos. A reunião acabou com um anticlímax, limitando-se a eleger os dois novos titulares, ambos antigos suplentes.

Batalha nacional terá novos lances

Já no plano federal a turbulência ainda permanece. Os dissidentes, que formaram maioria no diretório nacional, querem forçar a substituição do ex-senador Roberto Freire, que preside o partido há 31 anos, desde os tempos em que atendia pela tradicional sigla PCB.

Houve uma reunião virtual de extrema violência, em que o maior conflito ocorreu entre o secretário-geral Regis Cavalcanti, que nunca se elegeu para cargo federal, e o ex-deputado Daniel Coelho. Regis quer virar a mesa, Coelho pretende manter a linha partidária.

Na verdade, a questão colocada é aderir ou não ao governo Lula, inclusive ganhando cargos. Os rebelados afirmam que a bancada federal, composta por cinco deputados, tem viés antipetista e deveria ser excluída.

Atribuem a esse viés, inclusive, o emagrecimento do partido, e alegam que melhor seria não terem bancada nenhuma e recomeçarem do zero. Freire tem argumentado que, sem bancada, o partido perde recursos, representatividade e visibilidade, aí sim caminhando para a desaparição.

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